terça-feira, 30 de março de 2010

A analisar o AVATAR...


Analisar livros, capítulo a capítulo, observando pormenores e discutindo teorias. A frase anterior reflecte um grande gosto meu, mesmo de muito antes de ter começado sequer a fazer tal coisa. Já com sete ou oito anos, gostava de analisar o primeiro capítulo de um livro, escrever pormenores. Faltava-me depois o ânimo para continuar. Eram poucas as pessoas com quem partilhava o meu «trabalho».

Há dois anos e meio li o livro AVATAR, de Frederico Duarte. Conheci o autor e consegui manter contacto com ele, o que veio a permitir que criasse o fórum oficial da saga. Objectivo número um? Discutir a analisar os livros da saga - como há 7 previstos, tinhamos muito pano para mangas. A comunidade cresceu, entretanto reli o AVATAR, mas as análises fui adiando... parece que finalmente me estou a empenhar nisso.

E está-me a dar um grande prazer. É a terceira vez que leio o livro, e a cada vez que o leio gosto mais dele. É giro porque há sempre pormenores que me apercebo. O facto de estar a ser a terceira vez que o leio não quer dizer que seja dos meus livros de elite, mas como é agradável, e tenho uma comunidade de mais de 110 leitores com quem discutir, torna muito mais interessante a análise.

Queria só deixar então aqui o apontamento. Analisar o AVATAR está a ser muito divertido, e, embora a leitura seja muito mais lenta, grão a grão enche a galinha o papo.

Tiago

domingo, 28 de março de 2010

«Os Meus Livros» está para terminar?

“Os Meus Livros” é a única revista portuguesa dedicada ao mundo dos livros. Em cada edição, entre outros temas, a revista antecipa os títulos que vão ser lançados no mercado, os principais eventos em agenda para o mês, assim como analisa o conteúdo dos principais livros que estão no top de vendas. A revista faz a análise crítica dos principais livros que estão à venda nas livrarias, ajudando o leitor a decidir que livro comprar ao mesmo tempo que abre também um espaço à entrevista, conversando com notáveis escritores e editores, nacionais e estrangeiros.


A edição deste mês, Março, é, pelos vistos, a última edição a ser publicada da revista "Os Meus Livros" devido ao facto de a revista vender pouco.

Será que Portugal é, realmente, um país assim com tão poucos leitores? Com tão poucas pessoas que se consigam embrenhar no mundo fantástico que os livros nos proporcionam? Será que existem cada vez menos jovens que lêem nos dias de hoje?

Eu sou muito sincera: eu leio mas não comprava a revista. No entanto, agora que vejo que os seus dias estão para terminar, sinto uma certa culpa por nunca ter gasto o meu dinheiro nela. Com certeza que estaria muito mais actualizada acerca deste mundo.

Acontece-vos o mesmo ou acham que Portugal tem mesmo uma taxa muito baixa de pessoas que gostam de ler?

Sara

sexta-feira, 26 de março de 2010

Colecção Autores Lusófonos

Como já devem saber, a Visão lançou, no dia 4 de Fevereiro, prolongando-se até ao dia 11 de Março, uma colecção de livros de autores lusófonos que achei simplesmente fantástica. Autores como: Mia Couto, Pepetela, Chico Buarque, Germano Almeida, Kikia Matcho e José Cardoso Pires, figuram nesta colecção que em muito me agradou.

Fiquei realmente interessada em dois nomes particularmente sonantes da Língua Portuguesa: Mia Couto e José Cardoso Pires. Já com prémios de renome, achei que era um bom começo.

E vocês? Adquiriram esta colecção? O que têm a dizer destes dois autores e dos restantes referidos? Já leram alguma obra?

Patrícia

quinta-feira, 25 de março de 2010

Crítica - Aviso por Causa da Moral e outros Textos

Título: Aviso por Causa da Moral e outros Textos
Autor: Álvaro de Campos [Fernando Pessoa]
Editora: Ática
Nº de Páginas: 53
Preço Editor: 1€ (com o jornal i)

Sinopse: «Continua o Fernando Pessoa com aquela mania, que tantas vezes lhe censurei, de julgar que as coisas se provam. Nada se prova senão para ter a hipocrisia de não afirmar. O raciocínio é uma timidez - duas timidezes talvez, sendo a segunda a ter vergonha de estar calado. (...)
Diga ao Fernando Pessoa que não tenha razão.»

Começa Álvaro de Campos por dizer, neste pequeno livro de pequenos ensaios e opiniões, que os jovens estão bem é calados, e que essa é a única maneira de terem razão. As opiniões são para os velhos! Os novos que aproveitem a juventude, «estudem ciências, se estudam ciências! Estudem artes, se estudam artes! Estudem letras, se estudem letras». Dessa forma directa põe tudo no seu devido lugar, ou como ele achava que seria o devido lugar.

É claro que, como jovem, não podia estar mais do que em desacordo. Senhor Álvaro de Campos, as opiniões não nascem perfeitas em ninguém. Mesmo que as primeiras cometam falácias ou caiam em lugares comuns e erros precipitados, são um primeiro passo inevitável para que, mais tarde, se desenvolvam e... ai! Já estou a cair no mesmo erro do Álvaro de Campos. Passo a explicar:

Apeteceu-me ler qualquer coisa pequenina, depois de uma leitura densa d' As Duas Torres. O que vale é que ainda tinha 6 livros do Fernando Pessoa, que vieram com i no final do ano passado, à minha espera na estante. Pequenos, e dão sempre que pensar. Peguei neste Aviso por Causa da Moral e outros Textos sem qualquer razão especial. Comecei a ler. As primeiras duas páginas ainda escapam, mas depois começa-se a entrar em linguagem técnica demasiado avançada, pensamentos e sequências lógicas que incluem as expressões: «sociologia relativa», «estética não aristotélica», «foco emissor abstracto sensível», entre outros... é claro que tem alguns pontos positivos, como a escrita de Pessoa - perdão! - de Campos não podia deixar de ter. Algumas ideias mostram-se originais. Mas como não-ficção ensaísta que é, tive de esforçar-me bastante para extrair essas pequenas jóias.

No geral, é um livro para ser lido por aqueles que já leram outras obras do autor - mais uma faceta deste génio. Além de saber escrever poesia e manejar a prosa de uma maneira muito peculiar, era um ser inteligente e de ideias próprias bem marcadas. Leitura que recomendo com reservas, mas, apesar de tudo, interessante.

Nota (0/10): 5 - Razoável

Tiago

quarta-feira, 24 de março de 2010

Novidade da Semana - Se Acordar Antes de Morrer

Título: Se Acordar Antes de Morrer
Autor: João Barreiros
Editora: Gailivro
Nº de Páginas: 512
Preço Editor: 17,90€

Sinopse: João Barreiros nesta colectânea de contos de ficção Científica portuguesa descreve-nos lugares imaginários, que se aproximam muito dos reais, onde tudo é negativo. O seu imaginário é sempre fracturante, onde a maior parte das vezes o herói ou o próprio mundo estão condenados à partida. O herói tem sempre uma falha essencial: a cupidez; a cegueira pessoal, política ou está envolvido numa situação em que dificilmente ele sairá ganhador. A tentativa de chocar o leitor é deliberada e propositada. Em alguns dos contos encontra-se a desconstrução subversiva de todos os mitos de infância (Pai Natal). Num dos contos que fazem parte desta colectânea “O Teste” revela-nos toda a sintomatologia psicossomática característica de um professor quando de manhã acorda e tem pela frente um dia que teima em ser longo desde que se levanta até chegar à escola. Finalmente chega e entrega os testes aos alunos que o consideram difícil. Perante tal reacção, José Esteves fica aterrorizado por causa da taxa de insucesso gigantesca que irá revelar-se o que implica uma visita de Inspector ou um processo disciplinar e uma suspensão das actividades lectivas por provada crueldade mental. E como se isso não bastasse, uma espera feita pelos alunos, algures, fora dos terrenos da escola.

Livro de contos do autor de ficção científica português João Barreiros, assim que ouvi falar dele há uns dias, e após ter lido a sinopse, cativou-me de imediato. Primeiro, porque alia a fantasia, à ficção científica e ao horror. O primeiro género gosto bastante; o segundo e o terceiro queria experimentar. Depois, porque é um livro de contos que, fugindo à regra, tem muitas páginas: 512. E isso deixa-me curioso. E por último, o exemplo dado na sinopse impressionou-me, e estou mais do que curioso em experimentar.

Não consegui encontrar uma data na qual o livro vai ser lançado, mas sei que será durante o mês de Abril. Por isso tratarei de estar atento e, quems abe, seja uma adquirição a fazer na Feira do Livro de Lisboa deste ano. Também ficaram curiosos/intrigados?

Tiago

terça-feira, 23 de março de 2010

O tamanho dos livros...


Ora aqui está um tema acerca do qual também gostava de saber a vossa opinião. É que, na minha opinião, outro dos preconceitos de alguns leitores portugueses é o tamanho dos livros - tanto os grandes como os pequenos. Há quem adore livros com mais de quinhentas páginas, e há quem os coloque de parte logo à partida. O mesmo acontece com os livros pequenos - há quem diga "Gosto de leituras grandes". Ultimamente temos assistido ao lançamento de livros gigantescos, mas isso sempre os houve. Pegando nos clássicos: Guerra e Paz, Os Miseráveis, D. Quixote, etc... e, mais recentemente, O Nome do Vento, Nómada, 2666...

A minha opinião m relação a este assunto: já pertenci ao grupo de pessoas que gostam de livros gigantes. Cada livro grande que lia, estou-me agora a lembrar do Eragon e do Eldest, por exemplo, era um orgulho para mim ter passado os olhos por tantas páginas. Depois, à medida que tinha cada vez mais livros na minha lista para ler, comecei, sem que desse conta, a discriminar os maiores, e a passar para mais pequenos, numa tentativa despropositada de conseguir ler mais.

Neste momento considero-me uma pessoa neutra, que prefere os de poucas páginas ao de muitas, apenas por uma questão de tempo. E os grandes calhamaços assustam-me um bocado, lá isso é verdade. Meus senhores e minhas senhoras, digam de vossas justiça!

Tiago

segunda-feira, 22 de março de 2010

Crítica - As Duas Torres

Título: As Duas Torres - O Senhor dos Anéis Parte Dois
Autor: J. R. R. Tolkien
Tradutora: Fernanda Pinto Rodrigues
Editora: Publicações Europa-América
Nº de Páginas: 387
Preço Editor: 21,35€

Sinopse: No anterior volume desta trilogia, A Irmandade do Anel, o leitor travou conhecimento com alguns estranhos e simpáticos persoagens que povoam o mundo que Tolkien construiu: Frodo, Gandalf, Pippin, Aragorn, Boromir, para citar apenas alguns. Através deles ficou também a conhecer algumas espécies bizarras a viver em terras imaginárias: os hobbits, os orcs, os elfos, os anões. E acompanhou certamente todas as peripécias que se passaram à volta do misterioso anel de que Frodo era possuidor. Os perigos por que passaram para subtrair o anel às mãos cobiçosas dos inimigos, os trabalhos em que se viram envolvidos para conseguir o seu intento culminaram com a fuga e o desaparecimento de Frodo e a dispersão dos seus companheiros. Esta segunda parte, As Duas Torres, conta o que aconteceu a cada um dos membros da Irmandade do Anel, depois de o grupo se ter desfeito e até ao advento da Grande Escuridão e à eclosão da Guerra do Anel, que será contada na terceira e última parte. As Duas Torres é o segundo volume da trilogia O Senhor dos Anéis, em que se integram também A Irmandade do Anel e O Regresso do Rei.

Se tinha achado o primeiro livro daquela que é a mais famosa trilogia fantástica de sempre um bocado aborrecido, este As Duas Torres foge, e muito, a esse adjectivo dado ao seu anterior - foi emocionante e épico. Divide-se em duas partes: a primeira segue Aragorn, Legolas, Gimli, e Pippin e Merry. A segunda move o foco da atenção para Frodo e Sam. A primeira parte foi para mim e a mais interessante, talvez porque foi nessa que eu me surpreendi verdadeiramente, com o que considerei uma viragem de 180º na escrita de Tolkien - mais acção, e cria uma ligação maior entre a história e o leitor.

A natureza e os cenários descritos são construídos mentalmente na cabeça do leitor, e conseguimos visualizar na perfeição os pormenores, o ambiente envolvente. Por exemplo, a floresta de Barba de Árvore (que foi o protagonista, aliás, do meu capítulo preferido da saga até agora) foi muita bem descrita e conseguida, sentimos o peso do ar e a idade das árvores à nossa volta enquanto lemos.

Pude respirar fundo quando percebi que a história não ia seguir a mesma linha do primeiro volume, em que essencialmente foi narrada viagem, viagem e mais viagem. Não. Neste aqui alargam-se os prismas da acção, já temos mais do que a demanda do anel (a segunda parte, centrada novamente em Frodo, mostrou ser um bocadinho mais fraca). Gostei de algumas personagens novas que foram introduzidas, e fiquei com vontade de viajar até ao terceiro - O Regresso do Rei. E nesse terei ainda uma séria vantagem: é que eu cheguei a ver os dois primeiros filmes da trilogia, mas do terceiro nada sei, e por isso escapo aos spoilers!

No fundo, o livro mostra uma agradável faceta de Tolkien, que não encontrara na leitura d' A Irmandade do Anel, e que me fez acreditar nos tremendos elogios que são feitos à mais famosa saga de fantasia de sempre.

Personagens Preferidas: Barba de Árvore, Gollum, Pippin e Merry, e Gimli.

Nota (0/10): 8 - Muito Bom

Tiago

sábado, 20 de março de 2010

Anita

Hoje vou fazer uma pequena viagem no tempo e relembrar aqueles anos em que a minha parteleira de livros era quase toda composta por livros da Anita. Este meu gosto por estes livros infantis adveio da minha mãe que, já em pequena, os lia. Então, quando nasceu uma menina (eu), ela decidiu comprar-me alguns. E eu adorava-os! Adorava-os tanto que, sempre que ia às compras com ela e via um livro da Anita que ainda não tinha, pedia-lhe para me comprar - enquanto as outras meninas batiam com os pés no chão para as mães lhe comprarem bonecas.

Uma tarde, a minha mãe comprou-me a Anita no ballet. Eu já desde pequenina que ia para a sala com roupas extravagantes e punha-me a dançar feita maluca. Mas quando li este pequeno livro, foi como se algo escondido despertasse em mim. Soube logo, desde aquele momento, que queria ser bailarina. Óbvio que o sonho não se tornou assim tão fácil de concretizar como acontecia no livro da Anita, mas pode-se dizer que isto foi o meu pé de arranque para a pessoa que sou hoje.

E vocês? Também gostavam de ler os livros da Anita? Ainda os têm? Eu tenho os meus guardados na arrecadação, mas de vez em quando ainda me dá vontade de lê-los. Acontece-vos o mesmo?

Boas leituras!

Sara

sexta-feira, 19 de março de 2010

Horários da Feira do Livro Lisboa 2010 | Lydo e Opinado em Abril

[Foto tirada daqui]

Peço desculpa de voltar ao assunto da Feira do Livro de Lisboa deste ano, apenas uma semana depois de ter tocado nele. A verdade é que é um evento que adoro, como já devem ter percebido, e assim que vou encontrando mais novidades fico logo com vontade de as vir aqui partilhar! Desta vez trata-se dos horários. Aqui estão eles:

2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª Feira: das 12h30m às 23h30m
Sábados, Domingos e Feriados: das 11h às 23h30m

Isto é, nunca Feira do Livro esteve aberta tanto tempo. No ano passado, de 2ª a 5ª fechava às 20h30m! Às sextas e sábados às 23h! E Domingos e Feriados era às 22h! Logo, muito bons avanços, estes, que permitem durante a semana ir à noite à Feira. E mesmo ao fim-de-semana esta prolonga-se até mais tarde. Muito bons, estes novos horários. Para verem o outro post com informações, carreguem aqui. Como sempre, assim que souber de mais coisas, informarei.
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O Lydo e Opinado já se preparou para o próximo mês. Abril será especial essencialmente por um motivo: o começo da Feira do Livro de Lisboa deste ano, na sua 80ª edição. A equipa do blog vai estar atenta a todas as novidades até ao dia 29 de Abril, informando os seus leitores dos pontos essenciais que forem sendo revelados. Além desse evento especial, teremos, como já se tornou hábito, a nossa entrevista exclusiva, o passatempo do mês, e as nossas crónicas dedicadas a um determinado tema. Aqui se segue o programa para Abril:
  • Entrevista Exclusiva a Jorge Candeias, tradutor de, entre outras obras, «As Crónicas de Gelo e Fogo» de George R. R. Martin - dia 1 de Abril (e não é mentira!).
  • Passatempo «A Guerra dos Tronos» em conjunto com a Saída de Emergência; o primeiro volume das Crónicas que Jorge Candeias está a traduzir para nossa língua, e que é simplesmente maravilhoso. Lembram-se de vos ter dito que não podiam perder esta saga? O primeiro livro estará para passatempo! - a partir de dia 3 de Abril.
  • As nossas crónicas vão-se dedicar ao tema «Os Tradutores». Acontece que muitas vezes damos muita atenção aos autores mas em relação às pessoas que o traduzem (e, na prática, escrevem as palavras que estamos a ler...), subvalorizamos e nem sabemos quem são. Vamos reflectir acerca disso.
Esperemos que estejam satisfeitos com o que temos programado para Abril por estes lados. Podem dar a vossa opinião, o vosso feedback tem sido indispensável. Um muito obrigado a todos, sem vocês isto não era possível (mesmo).

Tiago

quinta-feira, 18 de março de 2010

O Mundo dos Minimeus


Li o Artur com aproximadamente doze ou treze anos, e na altura foi uma leitura muito empolgante e da qual guardei boas recordações. «Artur e os Minimeus», escrito por Luc Besson (realizador de cinema, e romancista) trouxe até mim um mundo mágico longe do imaginário de dragões que lera em Eragon - um mundo mais mágico, mais colorido. Com pena minha, fiquei-me pelos dois primeiros livros (o segundo é «Artur e a Cidade Proibida»). Depois disso, fui adiando a leitura do terceiro, foram surgindo outros livros, e nunca cheguei a pegar nele - existe ainda um quarto, o último. Confesso que enste preciso momento ganhei de novo vontade de regressar a ele, ao imaginário infantil que, na minha opinião, caracteriza a saga.

Tudo isto porque hoje Luc Besson, o autor, celebra o seu 51º aniversário! Como devem saber, foi feita uma adaptação para cinema que englobava o conteúdo dos dois primeiros volumes - também ela muito gira, um filme familiar que via bem e estava original: também realizado pelo próprio Luc.

São livros para quem quiser encontrar a criança em si - lêem-se bem, e aqui deixo a referência. Já leram? Gostaram?

Tiago

quarta-feira, 17 de março de 2010

Novidade da Semana - O Outono em Pequim

Título: O Outono em Pequim
Autor: Boris Vian
Tradutor: Luísa Neto Jorge
Editora: D. Quixote
Nº de Páginas: 285
Preço Editor: 16€

Sinopse: Ao contrário do que o título possa indicar, esta história não se passa no Outono nem em Pequim, mas no imaginário deserto da Exopotâmia, onde um estranho Sol emite raios negros e um grupo de pessoas bastante original tenta construir uma estação de comboios com vias- -férreas que levam a lado nenhum.
Num cenário onde reinam o ilógico, o absurdo e o improvável, Vian, misturando um fantástico humor com uma desigual quantidade de náusea, introduz várias personagens excêntricas, tais como os melhores amigos Ana e Ângelo, ambos engenheiros, e Rochela, que se apaixona pelo primeiro, e se torna sua amante, enquanto Ângelo está loucamente apaixonado por ela. Além deste trio, deparamos ainda com o doutor Manjamanga, o arqueólogo Atanágoras Porfirogénito e Pipa, o dono do hotel, entre outros - todos eles num lugar que se assemelha a Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, onde existe um matiz negro e tudo é possível, excepto a felicidade.

Sei que já saiu há um mês, mas por lapso deixei de o referir aqui no blog, quando sempre o quis fazer desde que soube, em Janeiro, que seria reeditado pela D. Quixote com nova capa e edição. Boris Vian - não conhecem o nome? Foi engenheiro, inventor, músico e crítico de jazz, poeta, romancista, cenarista, autor dramático, tradutor, cronista, declamador, intérprete das suas próprias canções e actor. Morreu com 39 anos de idade, abruptamente; mas nesse curto tempo de vida teve espaço para dar asas ao seu espírito criativo, e escrever alguns romances e peças de teatro, essencialmente de nonsense, que marcaram a literatura do século XX.

O Outono em Pequim é provavelmente, de todas as suas criações, a mais famosa. Não fala nem do Outono nem de Pequim. No fundo, é um romance sem sentido, que tenho a certeza que só quem lê e que entende se tem ou não alguma essência. A adquirir, e a ler, sem dúvida. O ano passado interpretei alguns sketches teatrais deles, e são muito engraçados, embora não tenham o mínimo sentido. Aconselho-vos a leitura deste romance, aproveitem esta nova edição.

Tiago

terça-feira, 16 de março de 2010

Vampiros...


O que é que se me oferece dizer sobre este tema? Não tenho nada contra vampiros, mortos vivos, dragões, nem nada disso. Acontece que quando os dragões foram moda, fartei-me um bocadinho; actualmente são os vampiros, e já estou pelos cabelos com eles; e dizem que a seguir vão ser os zombies, neste ano 2010, e tenho uma sensação de que vou ter a mesma impressão.

Comprei o Crepúsculo na primavera de 2008. Tinha saído há pouco tempo, tinha uma capa apelativa, e um tema original. Na Feira do Livro de Lisboa, não me escapou. Quando já era noticiado em Outubro que o filme chegaria em Dezembro, apressei-me a ler, para escapar à moda. Recebi a sequela no Natal, e foi o primeiro livro que li em 2009: apreciei. Mas por todo o lado gente falava de vampiros, gente lia vampiros, gente via vampiros, t-shirts de vampiros, conversas de vampiros, mais livros e livros e livros de vampiros começaram a ser publicados - de estrangeiros e de portugueses - numa espiral que parecia nunca mais acabar. Parece que a tendência está a acalmar, mas ainda não completamente.

«Fevre Dream» é um título de um livro de vampiros de George R. R. Martin, publicado na América há quase trinta anos, e que, segundo li em algum lado, será publicado pela Saída de Emergência durante este ano. Não terei qualquer pudor em lê-lo, quer haja moda ou não: 1) Trata-se de um autor que adoro; 2) Foi escrito mesmo muito antes do vício que por aí anda agora...

Conclusão: eu não tenho nada contra vampiros. É verdade que também não é a coisa que mais gosto, mas... o problema aqui está na publicidade excessiva, jogadas de marketing, e saturação do mercado. E tudo o que é demais... a vossa opinião acerca disto?...

Tiago

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ambientes de Leitura


Vamos lá a ver se é só comigo que acontece. Quando penso no acto de ler imagino uma situação na qual o estou a fazer, com certos pormenores à mistura. Por exemplo, «Ler no Inverno»: Imagino chuva lá fora, eu sentado no sofá da sala a beber leite com chocolate, enquanto leio, próximo de um aquecedor, e com música clássica de fundo. «Ler no Verão»: No quintal, sentado numa espreguiçadeira, debaixo da árvore, a ouvir os passarinhos cantar e o mar lá ao longe, enquanto leio. Hoje, aqui, agora, é assim que gostava de ler no Inverno e no Verão. Mas estamos no Inverno e eu ainda nem por uma única vez li dessa maneira, e quando chegar o Verão poucas vezes farei dessa forma.

O que quero dizer com isso é que por vezes imaginamos ambientes ideais de leitura, mas no fundo, mesmo que não os cumpramos, o que interessa mais é a história: que nos puxa para dentro dela, e nos faz esquecer se estamos sentados no sofá da sala próximos de um aquecedor, ou no meio da tempestade lá fora (clara hipérbole). Também gosto de me imaginar a ler em transportes públicos, na praia, na esplanada de um café lisboeta...

Quando pensam em ler, têm algum ambiente especial no qual se imaginam a fazê-lo? Partilhem!

Tiago

sábado, 13 de março de 2010

Wish List


Nome: O Nome do Vento
Autor: Patrick Rotffuss
Editora: Gailivro
Páginas: 966
PVP: 19,90 €

Nome: O Evangelho do Enforcado
Autor: David Soares
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 368
PVP: 18,35 €

Nome: O Braço Esquerdo de Deus
Autor: Paul Hoffman
Tradução: Mário Dias Correia
Editora: Porto Editora
Páginas: 400
PVP: 17,50 €

Nome: 4 & 1 Quarto
Autor: Rita Ferro
Editora: Dom Quixote
Páginas: 240
PVP: 13,49 €

A minha sorte é não ser esquisita e, muitos dos livros que quero ler, poder pedir emprestados ao Tiago. Senão, acho que ia à falência! Mas estes quatro, eu gostava de tê-los mesmo na minha parteleira. E, quando tiver o meu próprio emprego, talvez compre a saga Crónicas de Gelo e Fogo toda, pois essa também vale a pena ter. E vocês, tem alguma Wish List neste momento?
Boas leituras!

Sara

sexta-feira, 12 de março de 2010

Feira do Livro de Lisboa 2010 - Primeiras Notícias

[Foto minha, tirada na Feira do Livro de Lisboa 2009]

É com orgulho que afirmo que o meu momento preferido do ano, no que toca a livros, é mesmo a Feira do Livro de Lisboa. De tal forma que sempre que passo na rotunda do Marquês de Pombal, e observo a extensão verdejante do Parque Eduardo VII nada mais me passa pela cabeça senão os stands por ali acima, cheios de livros novos em folha, e de gente que tem gosto em ler a adquirir leituras para as férias, já próximas (para alguns).

É portanto com satisfação, embora sem surpresa alguma, que leio o comunicado da APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros) de que a edição deste ano da feira vai voltar a realizar-se no Parque Eduardo VII. Os dias também já foram revelados: vai começar no dia 29 de Abril (quinta-feira) e prolongar-se-á até 16 de Maio (domingo). A APEL acrescenta ainda, no seu site:
A APEL terá sob a sua responsabilidade a organização deste evento que é, desde há largos anos, um importante marco no calendário cultural dos lisboetas. O grande propósito desta iniciativa continua a ser a promoção e difusão do livro em língua portuguesa, fomentar os hábitos de leitura dos portugueses e incrementar o nível de literacia. Prevê-se uma continuidade do projecto iniciado em 2009, tendo por base o pressuposto de dinamizar a feira e toda a sua envolvência.

Tenho de manifestar um pouco o meu desagrado em relação ao período da feira abranger a primeira quinzena de Maio - prefiro as datas da Feira do Porto, que já apanham Junho. É que em Maio, se acontecer como no ano passado, alguns dias estão de chuva, o que não são as condições mais agradáveis para passear por entre os livros. De resto, adoro a Feira. Aposto que todos vocês, desse lado, também estão ansiosos pela edição deste ano! Já começaram a fazer as vossas listas de adquirições...?

Tiago

quinta-feira, 11 de março de 2010

Saga «Destino do Universo»

Quem aprecia o género fantástico e gosta de apoiar e ler novos talentos na literatura portuguesa, faria bem em experimentar começar a ler a saga «Destino do Universo». Escrita por Frederico Duarte, de 27 anos, esta saga de fantasia está prevista ter entre seis a sete volumes, embora ainda apenas dois tinham sido publicados, e o autor tenha terminado à pouco tempo de escrever o terceiro.

«Avatar», e já para eliminar um erro comum dos leitores quando olham para o título, pouco ou nada tem a ver com os desenhos animados que andam por aí na TV e com o filme saído há pouco tempo. A história é original, interessante, passa-se num mundo chamado Nova, embora envolva acção ao mesmo tempo na Terra. Essa dualidade é acentuada em «Necromancia», o segundo volume, no qual o leitor saltita entre Nova e a Terra, num cenário de guerra intermundial (mas quase sem naves, repare-se, pormenor importante para aqueles que não apreciam ficção científica). É uma saga que introduz jogos de poderes e de conquistas, ao mesmo tempo que seguimos as relações pessoais entre os que estão próximos de Alexis, a protagonista do primeiro livro.

Aqui fica uma sinopse do primeiro volume feita pelo autor: Alexandra (Alexis) é uma rapariga como qualquer outra: estudante universitária em Lisboa, com gostos comuns e uma vida sossegada. Ou assim pensava ela. De um momento para o outro a sua vida é virada do avesso. Um estranho rapaz surge na sua vida e diz-lhe que todo um mundo depende dela! E este é o início da sua saga, que a leva para uma realidade tão diferente da nossa mas ao mesmo tempo com raízes profundas na Terra. Um mundo onde a magia e criaturas míticas imperam e onde uma grande ameaça reina. A pergunta é: que tem Alexis de tão especial que a tornará a chave para a resolução do conflito naquele mundo?

O terceiro livro deverá ser lançado ainda este ano, tem como título «O Guerreiro Elementar», e podem acompanhar todas as novidades da saga no fórum oficial e no blog do autor. Se ainda não começaram a ler, experimentem, porque acho que vão gostar. Além disso, ler obras de novos autores portugueses é incentivar também a literatura do nosso país. Podem aproveitar para ler também carregando aqui uma entrevista exclusiva de Frederico Duarte ao Lydo e Opinado.

Tiago

quarta-feira, 10 de março de 2010

Novidade da Semana - O Evangelho do Enforcado

Título: O Evangelho do Enforcado
Autor: David Soares
Editora: Saída de Emergência
Nº de Páginas: 368
Preço Editor: 18,85€

Sinopse: Nuno Gonçalves, nascido com um dom quase sobrenatural para a pintura, desvia-se dos ensinamentos do mestre flamengo Jan Van Eyck quando perigosas obsessões tomam conta de si. Ao mesmo tempo, na sequência de uma cruzada falhada contra a cidade de Tânger, o Infante D. Henrique deixa para trás o seu irmão D. Fernando, um acto polémico que dividirá a nobreza e inspirará o regente D. Pedro a conceber uma obra única. E que melhor artista para a pintar que Nuno Gonçalves, estrela emergente no círculo artístico da corte? Mas o pintor louco tem outras intenções, e o quadro que sairá das suas mãos manchadas de sangue irá mudar o futuro de Portugal. Entretecendo História e fantasia, O Evangelho do Enforcado é um romance fantástico sobre a mais enigmática obra de arte portuguesa: os Painéis de São Vicente. É, também, um retrato pungente da cobiça pelo poder e da vida em Lisboa no final da Idade Média. Pleno de descrições vívidas como pinturas, torna-se numa viagem poderosa ao luminoso mundo da arte e aos tenebrosos abismos da alienação, servida por uma riquíssima galeria de personagens.

Nunca li nenhum dos livros de David Soares, «A Conspiração dos Antepassados» e «Lisboa Triunfante». O que é certo é que este autor é considerado pela saída de emergência como uma dos grande escritores portugueses da actualidade, e que a capa e a sinopse desta último livro a ser publicado há cerca de um mês, «O Evangelho do Enforcado», é mais do que suficiente para despertar a curiosidade de qualquer leitor. Os Painéis de S. Vicente, pelo muito pouco que se sabe acerca deles, são uma obra enigmática acerca do qual muitas intrigas se podem criar. Daí que a escolha do tema tenha sido excelente.

Além disso, gostava de experimentar a escrita deste autor, da qual não sei absolutamente nada. parece-me um romance histórico muito interessante, e a ver se numa próxima ida à livraria leio o primeiro capítulo, como é meu hábito fazer. Também estão curiosos com este livro? Já leram David Soares?

Tiago

terça-feira, 9 de março de 2010

[Crónica] A Literatura Lusófona - Sara

[Fotografia por Danilo Rolim]

Confesso que foi apenas há pouco tempo que li Os Maias, um dos únicos livros portugueses que li até hoje. Os outros poucos que li foram apenas a sequela de O Diário de Sofia que, na minha opinião, não tem um impacto assim tão grande na literatura portuguesa - apesar de ter tido uma série de televisão, coisa que Os Maias só tiveram no Brasil.

Confesso também que a minha curiosidade pela literatura lusófona só começou a crescer há muito pouco tempo, logo depois de ficar apaixonada pel' Os Maias. Também ajudou o facto de, de repente, terem-me dado a conhecer vários autores portugueses que, para ser sincera, eu nem sequer conhecia.

Os livros estrangeiros sempre tiveram mais impacto na minha vida. Considero-me ignorante em relação a autores como Frederico Duarte, José Rodrigues dos Santos ou Inês Botelho e, devido a essa ignorância, as entrevistas que nós fizemos a estes autores foram tanto ou mais entusiasmantes e misteriosas para mim do que foram para vocês. Pretendo ler brevemente livros destes autores e muitos mais. E, apesar da minha pequena experiência em livros lusófonos, não considero a sua qualidade inferior aos livros estrangeiros.

Sara

segunda-feira, 8 de março de 2010

Resultados do passatempo «O Passado que Seremos»!


Mais um passatempo do Lydo e Opinado realizado! Desta vez, recebemos mais participações do que no primeiro - 130. A grande maioria delas foram consideradas válidas, mas alguns visitantes fizeram alguma confusão no nome dos livros de Inês Botelho, ao escreverem por exemplo "A Senhora dos Mundos", quando a hipótese seria "A Filha dos Mundos", ou também apareceu pessoas que escreveram "A Senhora da Noite", quando deveria ser "A Senhora da Noite e das Brumas". Apenas considerei para sorteio as respostas correctas. Também notei que algumas pessoas se inscreviam duas ou três vezes seguidas, e eu deixei claro que só aceitamos uma participação por pessoa - daí que só tenha considerado a primeira.

Quero agradecer a todos os que participaram neste passatempo, e visto que ainda não realizei o sorteio aleatório aqui, desejar a todos muita sorte. O passatempo fez com que o Lydo e Opinado bate-se um novo record de visitas diário, na quarta-feira, onde chegámos às 151. Muito, muito obrigado a todos! Acima de tudo à própria Porto Editora, que disponibilizou o exemplar para passatempo. Sem eles isto não teria sido possível.

Então, vou agora realizar o sorteio. E já está! A vencedora desta passatempo do livro «O Passado que Seremos é:

Patrícia Madeira, de Santarém!

Parabéns, Patrícia, ganhaste um exemplar do novo livro da Inês Botelho! A todos os outros, fica aqui um voto de confiança, para que não desistam de participar em novos passatempos que eventualmente possam surgir aqui no blog. Um dia a sorte há-de vos ser favorável... quem sabe! Aproveito para reforçar que, como sabem, entretanto li o livro, e adorei. Mesmo não tendo ganho o passatempo, aconselho-vos a comprá-lo, ou alugá-lo numa biblioteca. Por vale mesmo a pena lê-lo.

Tiago

domingo, 7 de março de 2010

Ainda não começaste a ler As Crónicas de Gelo e Fogo?


Se por mero acaso, caro visitante do blog, ainda não começaste a ler As Crónicas de Gelo e Fogo, então este post é para ti. É que, tendo eu já lido os oito, e no fim de cada uma das críticas ter colocado uma observação «Escusado será dizer que, quem ainda não começou a ler, não sabe o que perde!», e colocando a hipótese de existir alguém a quem esse conselho tenha passado ao lado, decidi reforçar novamente a minha opinião.

«A Guerra dos Tronos» é o primeiro volume desta saga de fantasia, que é considerada pela crítica a melhor fantasia dos últimos cinquenta anos. Caro visitante do blog que ainda não começou a ler a saga: As Crónicas de Gelo e Fogo, para mim, é a melhor fantasia desde sempre. Há livros que aconselho. «Aconselhar» é um verbo fraco para esta colecção. Há quem diga que não gosta de fantasia - este livro foge à regra da fantasia dita normal. Foge aos clichés da magia, dos elfos, da luta do bem contra o mal. Aliás, o que não falta pelo mundo da Internet são pessoas que afirmavam (e continuam a dizê-lo) não gostar de fantasia, mas que se renderam a George R. R. Martin.

O autor liga-nos às personagens excelentemente criadas. Liga-nos às intrigas. Liga-nos ao mundo, ao Norte e ao Sul, às casas mais ricas e às menos poderosas, faz-nos torcer por esta família numa dada altura, faz-nos adorar odiar uma dada pessoa. Deixa-nos o coração nas mãos com a violência. Eleva o leitor a um nível muito digno. É um prazer ler cada um dos capítulos ao longo destes oito volumes (e ainda se encontram por escrever mais uns!).

Caro visitante... ainda não te convenceste? De cabeça lembro-me agora de mais quatro razões que te podem levar a experimentar ler o primeiro. 1º: Carrega aqui para leres as críticas que já fizémos aos livros da saga aqui no Lydo. 2º: E aqui para leres gratuita e legalmente os primeiros capítulos do primeiro volume. 3º: A produtora de séries americana HBO aprovou há menos de uma semana a realização de uma série, de 7 temporadas, inspirada nesta saga (estreia prevista para a Primavera de 2011) - carrega aqui para acederes a um site dedicado à série, onde podes ver o elenco. E 4º: ...

Para o 4º motivo, e derradeiro que por agora apresento, peço a todos os leitores do Lydo que já tenham lido, ou se encontrem a ler, esta Saga, que apresentem na caixa de comentários o vosso testemunho. Se o caro visitante ainda não acreditou em mim, que veja os comentários de todos e faça a sua escolha. :) Quem ainda não começou a ler, não sabe o que está a perder. Mesmo!

Tiago

sábado, 6 de março de 2010

[Crónica] A Literatura Lusófona - Tiago

Para me debruçar sobre um tema como a importância que a literatura lusófona tem para os leitores portugueses, e a importância a nível mundial, comecei por debruçar-me no TOP 5 actual de ficção das livrarias Fnac, Bertrand e Wook. Na primeira não temos nenhum, e na segunda e na terceira temos apenas 1. Parece que os livros de língua portuguesa, pelo menos nestes últimos quinze dias, tiveram valores de venda baixos, em comparação com os de língua estrangeira. Em 2008 registei aqui no Lydo e Opinado, no princípio de Agosto, um TOP 5 da FNAC na altura, e acho que será interessante comparar: 3 livros de língua portuguesa.

Ora, e embora esta questão dos TOPS seja muito relativa, acho que esta quebra é significativa. É certo que de vez em quando temos um livro de José Rodrigues dos Santos, de José Saramago, e outros, que vende centenas de milhares de exemplares em poucas semanas. Mas a verdade é que, e isto do meu ponto de vista, parece que nos estamos a reduzir cada vez mais uma pequena elite de autores que vende muito, e existem muitos portugueses que caem no esquecimento e se refugiam em pequenos mercados de literatura. Nomeadamente novos talentos.

E a literatura lusófona no estrangeiro? Temos José Saramago, Miguel Sousa Tavares, José Rodrigues dos Santos, Mia Couto, Pepetela, Chico Buarque, e de certeza me escapam alguns nomes... mas pelo que vejo não tem grande destaque nos restantes países.

Acredito, no entanto, no reverso desta situação. Temos por um lado a colecção de livros da revista Visão, totalmente dedicada à literatura dos países de língua portuguesa; temos casos como o da Isabel Maia, do blog Na Companhia dos Livros, que se auto-propôs a só ler livros lusófonos neste ano de 2010; cada vez mais assisto em blogs de críticas literárias a uma atenção especial às novas revelações da língua portuguesa, e autores de toda a lusofonia; e a minha própria experiência, que comecei o ano com duas leituras de Mia Couto e Ondjaki, e descobri que a língua portuguesa em África tem uma beleza natural. E o livro de Inês Botelho «O Passado que Seremos», que na minha opinião aproveita ao máximo aquilo que a Língua Portuguesa pode dar.

Tiago
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Ganhem um exemplar do livro «O Passado que Seremos» participando no passatempo do Lydo e Opinado! Carreguem aqui, respondam às 3 simples perguntas, e habilitem-se!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Crítica - O Passado que Seremos

Título: O Passado que Seremos
Autora: Inês Botelho
Editora: Porto Editora
Nº de Páginas: 207
Preço Editor: 15,90€

Sinopse: Elisa e Alexandre conhecem-se num fim-de-semana no Caramulo. São ambos jovens, pertencem a círculos diferentes, vêem o mundo de perspectivas quase sempre opostas - e, no entanto, parecem incapazes de escapar à atracção que lentamente os envolve. Com avanços e recuos, iniciam então uma relação que não entendem e que questionam. Mas que os marcará para sempre.
Elisa tem medo da lua e de janelas sem cortinas. Pensa de mais e quer entender o mundo nas suas múltiplas facetas. Alexandre, pelo contrário, avança sem grandes reflexões, preocupado em aproveitar cada momento do presente antes que as responsabilidades o amarrem.
Romance de iniciação à idade adulta, O Passado Que Seremos dá-nos o(s) retrato(s) de uma geração e dos caminhos onde procura encontrar a "sua" verdade.

Conheço a língua portuguesa desde que nasci, leio-a desde os seis anos, mas parece que tive de esperar até aos dezasseis para a conhecer na sua mais verdadeira e profunda beleza. A ideia que de hoje somos o passado que um dia seremos é tão óbvia e ao mesmo tão tempo tão fatal, é a prova de que o tempo passa e não damos conta de que o faz. Inês Botelho, no entanto, não se fica por uma única linha de pensamento neste livro - divide-a em duas personagens principais, e progressivamente vai-a dividindo múltiplas vezes, mostrando mais e mais e mais.

Como se a história já não fosse bonita o suficiente, abrilhanta-a - e que bem o faz! - com uma linguagem poética e inspirada, em descrições que ultrapassam a conotação do mundo, dando-nos os pormenores que descobrimos virem a ser essenciais, oferecendo-nos os elementos nos quais nos deixa a pensar. Tornamo-nos Alexandre, tornamo-nos Elisa, somos os dois num só livro, vemos verdades e mentiras, vemos a evolução do tempo que corre, e que escreve o destino a caneta.

Somos levados à infância de Elisa nos seus capítulos, descobrimos aos poucos a história da menina que foi (o passado em que se tornou), narrações essas que nos levam a percebermos a pessoa que se tornou no presente. Os confrontos com a Lua. O papel da amizade na sua vida. As palavras com que se irrita, por se terem tornado banais: «amor», «traição», «inspiração». Banais não foram as palavras de Inês Botelho, essas esquivaram-se ao inimigo que é o Normal e o Seguro e correram mais além, cruzaram a fronteira e partiram em busca de uma nova forma de se expressarem.

E como se a linguagem e a expressão, por si próprias, já não me tivessem deixado abismado... é no fundo essa lição, de que o presente que somos será o passado que seremos, que me deixará agarrado a este por muito tempo, por um fio invísivel que tenho a sensação que nunca se irá desfazer. Parabéns, Inês. O livro é belo. Criaste e conseguiste duas pessoas - não personagens, pessoas! Que grande talento.

Personagens Preferidas: Elisa e Alexandre. Não me consigo decidir entre os dois.

Nota (0/10): 9 - Excelente

Tiago
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Se após esta opinião ficaste intrigado(a) com o livro, então o Lydo e Opinado tem uma grande oportunidade para ganhares um exemplar. Participa no passatempo que está a decorrer até Domingo, CARREGANDO AQUI! É fácil e não custa nada. Boa sorte!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Passatempo - O Passado que Seremos


Chegou o dia do passatempo! A Porto Editora disponiblizou amavelmente um exemplar do novo romance de Inês Botelho - O Passado que Seremos. Sem eles este passatempo seria impossível de se realizar, por isso um muito obrigado desde já à editora!

À semelhança do que aconteceu com o passatempo ao livro «Pergunta ao Pó», no mês passado, tu podes vir a ser o dono de um exemplar deste livro! Para isso basta responderes às perguntas do formulário abaixo (são muito fáceis). Podes encontrar as respostas carregando AQUI (é um post de Janeiro aqui do blog).

Os dados que forneceres (nome, moraad e email) serão privados, ninguém mais terá acesso a eles, por isso não tenham problemas em dá-los. Apenas o do vencedor será divulgado à editora para posterior envio. Só aceitamos uma participação por pessoa, e por residência.

O passatempo decorre até às 23:59h da noite de Domingo, dia 7 de Março. Até lá, participa e divulga! Entre os participantes que acertarem nas respostas, sorteamos o vencedor. Do que estás à espera? Participa!! Não tens nada a perder.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Entrevista Exclusiva a Inês Botelho!

Hoje, primeiro dia do mês de Março, é dia de nova entrevista exclusiva aqui no Lydo e Opinado, como já se tem tornado regular. A escritora que convidámos este mês é Inês Botelho - autora da trilogia do Ceptro de Aerzis, e dos livros «Prelúdio» e «O Passado que Seremos» (este último lançado há muito pouco tempo). A autora dispôs-se com simpatia a responder às questões, e aqui estão elas para todos os leitores do blog.

Muito obrigado Inês Botelho por esta oportunidade! Esperemos que gostem da entrevista.

1. Inês Botelho, decidiste começar a escrever «A Filha dos Mundos» nas férias entre o 10º e o 11º ano. Antes disso já tinhas tentado outros projectos em que acabavas por desistir, ou aquele foi mesmo o primeiro?
Aos 10 anos convenci-me que ia ser escritora e comecei várias histórias que depressa abandonava; nenhuma tinha uma estrutura ou um enredo que me cativassem. Aos 12 anos a ideia de ser escritora parecia-me absurda e durante alguns anos a minha relação com a escrita limitou-se ao estritamente necessário para a escola. Por fim, aos 15 anos, surgiu-me uma ideia que parecia interessante e potencialmente desafiante. Propus-me a concretizar finalmente um projecto deste género e comecei a desenvolver a história. Foi assim que nasceu a trilogia.
2. Conta-nos a experiência que foi escreveres «A Filha dos Mundos» durante o Verão de 2002 – tinhas ideias constantemente, precisavas de parar de vez em quando para reflectires na história…?
Tenho, desde o início, um processo de escrita dividido em três fases: investigação/preparação, escrita efectiva, revisão. Só ligo o computador para escrever quando considero que terminei a primeira fase. Isso permite-me construir bases de trabalho, conhecer bem as personagens e saber por onde quero levar a história; claro que não determino todo o enredo, mas estabeleço os pontos fulcrais. A história roda sempre no consciente e no subconsciente, as ideias aparecem frequentemente e todos os dias acrescentam-se ou retiram-se detalhes e pormenores. No entanto, como quando escrevo o essencial já está definido, não preciso de parar a tentar perceber a melhor forma de orientar o que vem a seguir. Além disso, a revisão é a altura ideal para limpar, brunir e aprimorar um texto.
No caso específico d' A Filha dos Mundos, lembro-me de correr para o computador a cada minuto livre e de escrever depressa, muito depressa, se calhar demasiado depressa. Foi uma experiência muito sôfrega e inocente, sem dúvida mais inconsciente e pura do que aconteceu com qualquer um dos outros livros.
3. Tens guardado o momento em que acabaste de escrever o teu primeiro livro? Descreve-nos a sensação, o que te passou pela cabeça nesse instante. Já não me lembro das palavras exactas, mas a ideia geral era: Consegui. Não fiques demasiado contente, não fiques demasiado contente... Um terço feito; agora vou levar isto até ao fim.
4. Decidiste de imediato que querias publicar? Como decorreu o processo até teres visto o teu livro na prateleira de uma livraria?
Talvez no fundo nunca tenha decidido publicar o livro; perante a insistência de outras pessoas, limitei-me a aceitar que enviassem para algumas editoras os exemplares necessários. Claro que me envolvi no processo: seleccionei as editoras que mais me interessavam, escrevi as cartas de apresentação, falei com os editores, mas não vivi a espera numa ânsia ou preocupação constantes. Uma resposta positiva seria uma alegria extra, mas não teria ficado magoada ou desanimada se tal não tivesse acontecido.
Creio que, depois de o livro ser aceite, entre revisão do texto, elaboração da capa, paginação e impressão, o processo de edição demorou cerca de meio ano. Foi interessante aprender esse lado da produção de um livro e confesso que, enquanto amante dos livros como objecto, gostei de segurar num com o meu nome; parecia tão irreal e estranho quanto maravilhoso.
5. Seguiram-se os outros dois volumes da trilogia «O Ceptro de Aerzis». A reacção do público a esta tua saga de fantasia foi a esperada?
Não, de modo algum; foi muito melhor do que algum dia fantasiei. Parti para a publicação sem qualquer tipo de expectativa, o que é sempre prudente, e portanto a aceitação que os livros tiveram, e têm, apanhou-me de surpresa. No fundo, talvez achasse que apenas os amigos e os conhecidos iriam ler a trilogia.
6. Dessas tuas três primeiras criações, qual foi aquela que te deu mais gozo escrever (não tem necessariamente de ser o mais evoluído tecnicamente)?
A Rainha das Terras da Luz, terceiro livro da trilogia. Como já me movimentava com mais à-vontade por entre os vários aspectos da escrita, soltei-me mais. Além disso, o terceiro livro tem um diálogo que adorei escrever.
7. Subitamente, mudas o estilo que tinhas usado até então, quando escreveste o «Prelúdio». Apeteceu-te inovar, distanciares-te do que te tinhas debruçado por três anos?
Por um lado sim, no entanto já tinha decidido escrever o Prelúdio a seguir à trilogia quando ainda trabalhava n' A Senhora da Noite e das Brumas. A verdade é que não me preocupo com rótulos ou categorias. O meu único critério é a potencialidade da ideia base; tem de me parecer desafiante e um bom ponto de partida para criar um livro com qualidade.
8. O teu novo romance – O Passado que Seremos – vem nos mesmos moldes do «Prelúdio»? Ou temos diferenças logo à partida entre os dois?
Ambos são romances contemporâneos, mas claro que têm diferenças de temática, abordagem, estrutura. O passado que seremos divide-se por dois protagonistas que narram sempre na primeira pessoa e que nitidamente pertencem a uma geração específica: a minha. Por outro lado, se no Prelúdio se verificava um certo negrume temperado por uma constante esperança, O passado que seremos é mais alegre, ainda que não menos assombrado.
9. A que tipo de leitores aconselharias vivamente a lerem «O Passado que Seremos»?
Só os clássicos e as grandes obras contemporâneas são leituras a recomendar com insistência. Contudo, acredito que quem estiver interessado em conhecer melhor a minha geração, em se converter em duas pessoas diferentes ou em se deixar envolver numa prosa algo melódica, não ficará desiludido com O passado que seremos.
10. Até agora só te aventuraste pelos caminhos da prosa… ou já experimentaste poesia e peças de teatro, sem intenções de publicar?
Quando escrevi poesia, ou melhor, quando escrevi em verso, foi apenas por obrigação. Não compreendo a técnica da poesia, não me movimento bem nesse campo. Prefiro deixar a poesia para quem a conhece e escreve muito melhor do que eu algum dia serei capaz.
A nível escolar, escrevi algumas peças de teatro e guiões para curtas-metragens. Profissionalmente ainda não desenvolvi nada nessas áreas, embora me agradasse explorá-las.
11. Quando escreves preferes silêncio, ou não dispensas música a tocar de fundo – como forma de inspiração?
A música é um excelente indutor de sensações e, às vezes, um grande desencadeador da corrente de palavras; pode revelar-se muito útil. Antes, nunca a dispensava. Agora demoro mais a ligá-la; só o faço quando tenho a certeza que entrei no ritmo e na melodia do texto e que não serei enganada ou demasiado condicionada pela música que ouvir.
12. Estabeleces metas numéricas em termos de escrita (por exemplo, x páginas por semana), ou deixas-te levar pela abundância da imaginação?
A abundância da imaginação é uma ilusão que certas pessoas gostam de propagar. Acontece, mas resulta mais de trabalho do que de inspiração. A escrita é uma actividade menos romântica do que se costuma assumir; o escritor não serve de tradutor de algum tipo de intervenção divina. Escrever um livro implica trabalho, investigação, estruturação, tentativas, erros, revisões, correcções, insistência, resolução de problemas. Por isso, tento cumprir um objectivo de x páginas por dia, embora isso às vezes se revele impossível; há sempre dias que correm pior.

13. Para as cenas que descreves nos teus livros… é mais frequente teres essas ideias inspirando-te em circunstâncias reais, ou surgirem-te do nada na mente? No que diz respeito à inspiração e aos raciocínios, nada vem do nada. Prefiro distanciar-me das circunstâncias que vivo ou observo directamente, no entanto, de modo mais ou menos perceptível, aquilo que construo tem por base o que experimentei, vi, observei, pensei, imaginei, interpretei.
14. Explorando agora o teu lado de leitora – lês muito? Que géneros, e autores, mais aprecias?
Adoro ler; sou completamente viciada em leitura e incapaz de ficar alguns dias seguidos sem ler. Além disso, não conheço nenhum escritor que não seja primeiro um leitor ávido; é fundamental.
Também aqui o género não me preocupa. Só a qualidade do livro interessa, a categoria é irrelevante. Gosto de muitos autores, mas ultimamente tendo a não me centrar demasiado neste ou naquele escritor; prefiro escolher por livro. Dos que li há pouco tempo, gostei muito de 1984 de George Orwell, Manhattan Transfer de John dos Passos, The Handmaid's Tale de Margaret Atwood, Lord of the Flies de William Golding, Ilium de Dan Simmons, o nosso reino de valter hugo mãe, Lisboa Triunfante de David Soares, O Anjo Ancorado de José Cardoso Pires, As Cidades Invisíveis de Italo Calvino e A Sonata de Kreutzer de Lev Tolstói. Os contos de Flannery O'Connor revelaram-se outra excelente leitura; conseguiram superar as minhas altas expectativas.
15. Se te pedíssemos para fazeres um TOP 3 dos teus livros favoritos de sempre, quais escolherias?
Um TOP 3 é algo muito limitado e, no meu caso, consideravelmente mutável. Enfim, de momento e tentando abranger três categorias: Ilíada de Homero, O som e a fúria de William Faulkner e The Bloody Chamber de Angela Carter.
16. Qual é a tua opinião em relação aos e-books, que se têm expandido tanto no mercado ultimamente? Encontro-lhes aspectos positivos e negativos. Ninguém nega que são mais práticos de transportar (em termos de manuseamento parece-me que alguns aparelhos ainda terão de melhorar) e podem armazenar muita informação e até apontamentos. Por outro lado, adoro ver os livros na prateleira, gosto do espaço que ocupam e agrada-me sentir-lhes a lombada, começar a revirar a folha entre os dedos quando me faltam apenas algumas linhas para acabar a página. Pessoalmente, creio que usarei os e-books no caso de livros técnicos, mas nos de ficção prefiro os livros enquanto objecto físico tradicional e pesado.
17. Tens outros projectos em desenvolvimento, mesmo que ainda não tenham passado de uma ideia?
Em termos de projectos em fase de ideia, a lista é gigantesca. Alguns estão mais próximos da concretização, mas ainda é demasiado cedo para falar deles. Tudo a seu tempo.
18. Algumas das pessoas que irão ler esta entrevista serão, provavelmente, “aspirantes a escritores”. Que conselhos lhes dás, tanto ao nível do processo de escrita como da publicação?
As minhas verdades podem ser as mentiras de outros, contudo a auto-crítica parece-me extremamente importante, assim como não nos contentarmos com a primeira ideia que nos surja; por mais genial que ela pareça é essencial tentar fazer sempre melhor. Além disso, se encontrarmos algo que não nos parece tão bem, tem de se ignorar a preguiça e labutar até ficarmos satisfeitos. A escrita requer muito trabalho e todos somos livres de tentar, falhar e insistir, desde que dentro dos limites do razoável; a partir de certo ponto convém ser racional e começar a ponderar outras hipóteses.
Quanto à publicação, deve seleccionar-se editoras que publiquem o género do livro que se escreveu. Depois, preparem uma boa apresentação da obra, que possam enviar por carta ou que sirva como guião para uma conversa presencial, e armem-se de paciência e calma.
19. Obrigado pela entrevista! Queremos-te desejar muito sucesso para o futuro, como tens alcançado até agora. Uma última palavra para os teus leitores, e para os que terão ficado intrigados em ler algo teu…?
Aos leitores, um muito obrigada pelo apoio e incentivo. Aos curiosos digo apenas que experimentem e julguem por eles.

Espero que tenham gostado da entrevista tanto como nós. E, mesmo a propósito de uma entrevista a esta autora, os próximos dias aqui no Lydo e Opinado vão ser mais do que dedicados a ela. Além de dentro de muito em breve termos aqui a minha crítica ao livro «O Passado que Seremos»... a Porto Editora disponibilizou um exemplar para passatempo! Não percas, a partir de quarta-feira, dia 3.

A Equipa do Lydo e Opinado
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