quarta-feira, 18 de março de 2009

Paula - Sugestão

Confesso que nunca li nada de Isabel Allende mas sem qualquer tipo de explicação, despertou-me um certo interesse quando a minha professora de Português, referiu este livro.

Para além de ser um livro pessoal, autobiográfico, a história verídica tem um significado muito especial. Relata o amor de uma mãe por uma filha com uma doença grave. Mas a problemática da questão não é o amor que Isabel tem por Paula, mas sim o que não fez e o que não disse enquanto a sua filha estava viva.

Para quem gosta de livros autobiográficos, este é um dos melhores que posso recomendar. Permite não só "entrar" dentro da história, como analisar sentimentos e emoções que todos temos. Afinal toda a gente pelo menos uma vez na vida, sente que ficam palavras por dizer a alguém.

Aqui coloco algumas das frases existentes neste livro:

"Silêncio antes de nascer, silêncio depois da morte, a vida é um mero ruído entre dois insondáveis silêncios."

"Os filhos, como os livros, são viagens ao interior de nós próprios, nas quais o corpo, a mente e a alma mudam de direcção, regressam ao próprio centro de existência."

"A mente selecciona, exagera, atraiçoa, os acontecimentos esfumam-se, as pessoas esquecem-se e, no fim, resta apenas o trajecto da alma, esses escassos momentos de revelação do espírito. Não interessa o que me aconteceu, mas sim as cicatrizes que me marcam e distinguem."

Patrícia

segunda-feira, 16 de março de 2009

A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol - Crítica

Fiquei sem palavras, de boca aberta. Olhei em frente, e despertei lentamente para as percepcções e sensações do mundo real. A névoa formada pela minha mente, que me protegia dos sons e das pessoas à minha volta, foi-se desvanecendo... e dei por mim a fechar o livro, porque o acabara.

Tão maravilhoso quanto Sputnik, Meu amor, do mesmo autor, A Sul da Fronteira, A Oeste do Sol foi de uma leitura mais fácil (não digo mais leve); com um enredo menos definido, mas de uma maior facilidade de compreensão. O vocabulário usado foi muito bom, as descrições dos sentimentos, das emoções, dos pesos na consciência... espetaculares. A percepcção do passado e do presente, do que vale a pena e do que não vale, do «talvez» e do «poderia ter acontecido, ou não»... perfeitos. Este livros foi delicioso de ler, refrescante (visto que o tempo está a aquecer!), e devorei-o em três dias. A relacção entre a personagem principal, Hajime (um rapaz que começa a história com 12 anos, e que termina com 37), e as diversas mulheres que vão aparecendo ao longo da história - como Izumi, Yukiko... mas, acima de tudo, Shimamoto - Está muito bem acompanhada, os diálogos são mágicos e surreais...

Sinceramente, não tenho muitas palavras para descrever a sensação que é ler, e terminar de ler um livro de Haruki Murakami. Se já aconteceu com este e com Sputnik, Meu Amor, estou certo que também irá acontecer com Crónica do Pássaro de Corda, o próximo livro que tenciono ler do autor, dentro de poucos meses. A escrita deste senhor japonês é muito bem identificável, e arrisco-me a dizer que os seus livros têm sempre a mesma fórmula, e o que muda um pouco são as personagens e as situações. Adorei, e a minha sugestão para quem nunca leu anda deste autor é que aproveitem este livro novo que saiu há apenas duas semanas e ainda por aí pelas livrarias para começarem a ler Murakami. Prometo que não se arrependerão.

Páginas: 141

Personagem Preferida: Hajime, o narrador presente, pela complexidade, veracidade e surrealidade com que nos é apresentado (sim, essas três coisas ao mesmo tempo), e Shimamoto, pela sua presença que vem dar sempre um toque de mistérios à história.

Nota (0/10): 9 - Excelente

Tiago
Votem na sondagem da barra lateral relativa a este livro!

sábado, 14 de março de 2009

A Irmandade do Anel - Crítica


À parte o facto de ter demorado mais tempo do que desejaria para o ler, e que a própria leitura teve altos e baixos ao nível do entusiasmo, este primeiro volume de uma das mais famosas sagas de fantasia de sempre foi bom de ler. Não tanto pela jornada em si, que Frodo e os seus companheiros da Irmandade iniciam neste primeiro volume. Mas, acima de tudo, pelo Universo criado, pelos cenários descritos, pela história que J.R.R. Tolkin criou deste mundo seu, a Terra Média.

Por uma vez ou outra pensei que certas situações eram um pouco clichés, mas depois lembrei-me que isso não era possível, pois foi Tolkien que as introduziu pela primeira vez! Todas as raças criadas, a noção da aventura, os cenários, as cidades, as histórias, as inúmeras canções e poemas que acompanhavam a narrativa... tudo isso foi criado de raiz! Nesse ponto, fiquei espantado com a complexidade da criação do autor.

No entanto, e lamento um pouco por isso, funcionou um pouco como um review do filme. O estilo de escrita não me cativou por aí além, e o facto de já saber o que ia acontecer não me fez suster a respiração. Também achei que algumas partes eram narradas de forma demasiado vagarosa, e outras eram surpreendentemente rápidas, quase como um relâmpago!

A história faz sonhar, mas não devo dizer que seja de leitura fácil. De vez em quando, temos de nos impelir a continuar, porque sabemos que a cada capítulo, a seguir a cada parte um pouco mais aborrecida, vamos conhecer novas cidades, personagens... que vão permanecer no nosso pensamento. Espero ler em breve o segundo volume da saga.

Páginas: 465

Personagem Preferida: Aragorn (ou Passo de Gigante), pela personalidade da personagem em si, e Sam, pelo seu companheirismo e dedicação ao "patrão" - Frodo.

Nota (0/10): 7 - Bom

Tiago
Votem na sondagem da barra lateral acerca deste livro!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Notícias da Feira do Livro de Lisboa 2009


Este ano de 2009, a Feira do Livro de Lisboa (e do Porto) estará inovada, com novos conceitos, pavilhões, datas e horários. Neste post, o Lydo e Opinado vai juntar informações de diversas fontes e informar os seus leitores acerca das notícias que já temos acerca da feira.

A Feira do Livro mais importante do país será, este ano, realizada com mais de um mês de antecedência: está previsto durar de 30 de Abril a 17 de Maio. Há quem não concorde com a data, pois tem medo da chuva que pode perturbar a feira... mas esta nova data, que foge à regra dos últimos anos, é justificada pelo desejo da APEL (a organização das Feiras do Livro de Lisboa e do Porto) de querer que as feiras do livro das duas cidades sejam em períodos diferentes, de forma a prolongar o "chamamento das atenções" e o "período total de feira" (perdoem-me as expressões). Assim, a Feira do Livro do Porto realizár-se-á de 22 de Maio a 14 de Junho.

Em Lisboa, a Feira será realizada, como sempre, no Parque Eduardo VII. Mas no Porto existem mudanças: a Feira vai voltar ao seu local original, ou seja, na Avenida dos Aliados.

Os pavilhões das editoras vão sofrer alterações, e deverão ter o aspecto do que está representado na figura que encabeçalha o post. A maior parte dos editores disse estar satisfeita com a inovação dos pavilhões, mas o presidente do grupo LeYa (que engloba dez das principais editoras portuguesas), que foi o grupo que causou a polémica da feira do ano passado, decidiu não comentar.

O país-tema da feira deste ano será o Brasil.

Os horários da Feira do Livro de Lisboa também vão ser mudados. A abertura passará a ser mais cedo, para que as pessoas possam passar a visitar a Feira nas suas horas de almoço. O que está fixado é o seguinte:
Abertura:
De 2ª a 6ª às 12:30
Sáb. Dom. e Feriados às 11:00
Encerramento:
De 2ª a 5ª às 20:30
6ª e Sáb. às 23:00
Dom. e Feriados às 22:00
Último fim-de-semana às 24:00
Também li algures na Internet que os organizadores vão apostar num pavilhão especial, com dezenas de computadores ligados com ligação à web, para que os visitantes da feira possam postar nos seus blogs de livros e os jornalistas e repórteres possam escrever em pleno recinto da Feira, assuntos relativos à mesma. Querem, assim, divulgar o seu evento. Por isso, não se admirem se o Lydo e Opinado tiver um post daqui a uns meses escrito em directo da Feira do Livro!

Tiago

sábado, 7 de março de 2009

A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol - Novidade

Chegou às livrarias portuguesas o novo livro de Haruki Murakami, o escritor japonês mais prestigiado dos últimos anos, e por diversas vezes considerado a ganhar o Nobel da Literatura. Autor de sucessos como Sputnik, Meu Amor (a crítica já está disponível aqui no Lydo e Opinado), Kafka à Beira-Mar (o seu primeiro livro publicado) e Crónica do Pássaro de Corda (considerado por algumas pessoas como o seu melhor), chegou agora a vez de A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol.

Deixo-vos com a sinopse, e também com a informação de que, aliado a este novo lançamento, a Fnac está a fazer descontos de 10% e 20% em todas as obras de Murakami. Se ainda não leu nenhum, talvez seja uma boa altura para experimentar fazer...! mais informações no site da Fnac (www.fnac.pt).

Hajime vive numa província um pouco sonolenta, como normalmente todas as províncias o são. Nos seus tempos de rapazinho faz amizade com Shimamoto, também ela filha única, com quem reparte interesses pela leitura e pela música.Mas o destino separa-os, os anos passam, e Hajime segue a sua vida. A lembrança de Shimamoto, porém, permanece viva, tanto como aquilo que poderia ter sido como aquilo que não foi. De um dia para o outro, Shimamoto reaparece certa noite. Para além de ser uma mulher de grande beleza e rara intensidade, a sua simples presença encontra-se envolta em mistério. Da noite para o dia, Hajime vê-se catapultado para o passado, colocando tudo o que tem, todo o seu presente em risco.

Tiago

_____________
O Lydo e Opinado corrige-se: no último post acerca do programa Livraria Ideal na TVI24, houve um gralha - e o horário correcto da emissão do programa é na madrugada das segundas-feiras para as terças-feiras, da 1 da manhã à 1 e meia (e não das 13:00 às 13:30, como tinha sido afirmado no último post). O Lydo e Opinado pede desculpa pela falha.

quinta-feira, 5 de março de 2009

«Livraria Ideal», na TVI 24

Devo dizer que fiquei agradado com a primeira emissão do programa Livraria Ideal no novo canal da ZON TVCABO, TVI 24. Apresentado por João Paulo Sacadura, esta espécie de magazine cultural, exclusivamente dedicada a livros e leituras, mostrou um carácter útil, interessante, e, ao mesmo tempo, descontraído.

Após uma fase inicial do programa em que o apresentador nos dá a conhecer as sugestões literárias da semana (quer do mundo dos livros infantis, quer da poesia, quer dos romances ou dos livros de fantasia...), o programa é seguido de 30 minutos de entrevista com um autor/editor/livreiro, que muda sempre de semana para semana. A entrevista é composta de perguntas acerca da vida da pessoa entrevistada, mas essencialmente é discutida um pouco da sua obra e o panorama geral do mundo dos livros.

Gostei bastante do primeiro programa, e aqui deixo a sugestão para todos os leitores do Lydo e Opinado que tenham acesso aos canais da TV Cabo: todas as terças-feiras, entre as 1:00h e as 1:30h da manhã (madrugada de segunda para terça), Livraria Ideal, na TVI 24. (Eu sei que o horário não é dos melhores, mas ao longo da semana o programa vai sendo repetido, para quem não pôde acompanhar; todas as segundas é posto no ar um novo; informações acerca dos horários das repetições vá ao site do canal -> www.tvi24.pt)

Tiago

quarta-feira, 4 de março de 2009

Sugestão



Tomei conhecimento deste livro após uma apresentação na aula de Português de uma colega minha. Achei interessante a forma como a temática é abordada, e a reviravolta que surge dela, descobrindo-se coisas que não se julgava encontrar dentro de nós.

Danielle Steel conta a história de uma mulher dedicada aos seus dois filhos e ao seu marido, a quem ama profundamente. Depois de vinte e quatro anos de casamento, o marido pede o divórcio e ela fica completamente de rastos. Viveu vários anos com aquela pessoa, amava-a como ninguém e de repente vê-se sozinha e trocada por uma mulher mais nova.

Paris Armstrong, é esse o nome da personagem principal, vai recomeçar a sua vida. E é nessa fase, na fase em que ela passa de uma mulher dependente a uma mulher sozinha e independente, que o livro se torna delicioso.

Este livro ensina que todos temos uma segunda oportunidade na vida, temos de a saber encontrar e vivê-la o melhor que conseguirmos.

Patrícia

segunda-feira, 2 de março de 2009

Trilogia das Jóias Negras


Há setecentos anos atrás, num mundo governado por mulheres e onde os homens são meros súbditos, uma Viúva Negra profetizou a chegada de uma Rainha na sua teia de sonhos e visões.
Assim começa a sinopse da Trilogia das Jóias Negras, a saga mais conhecida de Anne Bishop. Publicadas pela Saída de Emergência em Portugal, editora que já nos premiou com, por exemplo, As Crónicas de Gelo e Fogo de George Martin, as obras desta autora, entre as quais se incluem a trilogia referida, e mais algumas obras independentes, embora com ligações à história da trilogia principal (alguém me corrija se estiver em erro). Perante críticas destas que lerão a seguir, quem poderá resistir? Assim que surgir oportunidade, talvez venha a comprar esta saga.

"Uma leitura repleta de prazer para os fãs de histórias com uma enorme carga emocional e para quem gosta de personagens complexas e reais."
-Booklist

"Depois de começarmos a ler A Trilogia das Jóias Negras as suas personagens não nos deixam mais. São demasiadamente reais!"
-New York Times

"Anne Bishop traz-nos uma trilogia única no panorama da fantasia. Não há nada que se assemelhe. Tornou-se uma autora incontornável."
-Chicago Tribune

"Tremendamente sensual... Ricamente detalhado, o cenário de Bishop é baseado num mundo onde se revertem todos os clichés do género fantástico. Simplesmente genial."
-Library Journal

"Anne Bishop já conquistou a legião de fãs de Julliet Marillier. Mais ousada e criativa. Igualmente arrebatadora."
-Indianapolis Star

Tiago

Blog Widget by LinkWithin