quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Filha da Profecia - Crítica

E, doze dias depois de ter começado a ler, terminei há três horas a leitura d' A Filha da Profecia, o volume que encerra a magnífica e respeitável trilogia Sevenwaters, de Juliet Marillier!

Tinha lido muitas críticas acerca da trilogia. Existem pessoas que dizem que o primeiro, A Filha da Floresta, é o melhor. Existem aqueles que acham que o segundo, O Filho das Sombras, é que foi o mais marcante. E também há quem diga, embora muito menos gente do que para os outros dois, que o terceiro volume, A Filha da Profecia, é o mais bonito e bem feito da saga.

Pessoalmente, este último foi o meu preferido. Temos uma protagonista mais real, que comete mais erros e que se culpa pelo que faz. Que tem altos e baixos... que cai, se lavanta, e volta a ter recaídas... e temos uma história que nos parece ser um beco sem saída até ao fim... que não é nem feliz nem triste... mas que é magnífico.

A Filha da Profecia é a conclusão para uma das minhas sagas preferidas, e, na minha opinião, é um final em grande, intenso, marcante... poderia também dizer original. É fácil de ler, apesar do elevado número de páginas e letras pequenas, o que se pode confirmar pelo número de dias que demorei para o devorar (sim, porque voês não fazem mesmo ideia da eternidade que eu demoro a ler um livro: parece que este ano de 2009 me está a correr bem em termos de leituras).

Apenas uma nota negativa para a tradução portuguesa. Embora boa numas partes, deixa muito a desejar noutras. E, para 9ª edição, os erros ortográficos são demasiados. Os meus parabéns a Juliet Marillier, pelo vocabulário, pela forma como contrói os romances entre as personagens e pela mística que faz passar com a trilogia. E ouvi dizer que para o fim do ano vai sair em Portugal a sequela da trilogia... Heir to Sevenwaters (Regresso a Sevenwaters). Lê-lo-ei, isso sem qualquer dúvida!

Páginas: 477

Personagem Preferida: Fainne (pela realidade com que é construída), Lady Oonagh (porque a sua malvadez é espetacular) e Darragh (porque o par Fainne-Darragh, é, na minha opinião, o mais querido da saga).

Nota (0/10) - 9 (Excelente)

Tiago

E agora vou partir para George Martin, o melhor escritor de fantasia da actualidade. Venha "A Fúria dos Reis"! :D

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O Estranho Caso de Benjamin Button - Crítica

E ontem, ao passar pela Fnac, vi numa prateleira o livro que deu origem a um dos filmes mais mediáticos do ano que passou: O Estranho Caso de Benjamin Button. O filme está nomeado para 13 Oscars, e é bastante conhecido: um homem que nasce velho e morre bebé, rejuvenescendo ao longo da vida. Como o livro era bastante pequeno, com 70 páginas mas letras grandes, li-o em meia hora na livraria. Porque, na verdade, O Estranho Caso de Benjamin Button é um conto. E que conto!

Gostei do livro, apesar de alguns paradoxos na descrição, coisa inevitável num livro que apresenta tão estranho caso! A forma como a vida de Benjamin é relatada resumidamente, focando um ou outro tema de forma um pouco mais profunda no início, mas a vida toda é tratada ao de leve. No inicio é dada mais atenção aos pormenores, e ao longo do livro vamos passando a ver tudo mais rapidamente.

Por vezes ficamos com pena da personagem principal... diz que tem 18 anos e quer entrar no liceu... mas na verdade tem aparência de 52 anos e ninguém acredita nele. Mais tarde, já casado, atravessa o dificil momento de ter a mesma idade do seu filho. E, ainda mais tarde, brinca no pátio com o seu neto, brincadeiras de crianças entre crianças... mas Benjamin Button não era uma criança, era um senhor já de larga idade que era general. Vai apresentar-se na tropa como superior, mas tudo o que os outros vêm é um miúdo que roubou o distintivo.

Ficamos todo o livro a ansiar pelo fim, a pensarmos na forma como irá acabar. Como morrerá o bebé de velhice? O livro é original, delicioso de se ler, mas tem talvez uma linguagem um pouco fria e sulinha factos menos importantes deixando algumas situações engraçadas de se explorar por o fazer. No entanto, aconselho, porque se lê rápido e fica-se com um sorriso no rosto quando se acaba!

Páginas: 77

Nota (0/10) - 7 (Bom)

tiago

ps: acabarei de ler "A Filha da Profecia" no decorrer desta semana... para já, estou a 110 páginas do fim.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Juliet Marillier

Que momento melhor para falar desta grande autora do que este, em que, inesperadamente, já vou a metade do livro "A Filha da Profecia" (250 páginas em 5 dias está a ser, para mim, um ritmo bastante rápido). O livro está a superar todas as minhas espectativas. Via espalhadas pela Internet críticas à triologia Sevenwaters, dizendo que, dos três, este era o que as pessoas colocavam como o livro que menos tinham gostado. Pois bem, até agora, para mim está a ser o meu favorito.

Juliet Marillier nasceu em Dunedin, na Nova Zelândia, uma cidade com fortes tradições escocesas que a influenciaram profundamente. Licenciou-se com distinção em Linguística e Música na Universidade de Otago e tem tido uma carreira variada que inclui o ensino, a interpretação musical e o trabalho em agências governamentais. Foi considerada por inúmeros críticos internacionais como a sucessora de Marion Zimmer Bradley (autora d'As Crónicas de Avalon).

Juliet estreou-se no mundo literário no ano de 1999, com A Filha da Floresta, e desde então, em apenas dez anos, já publicou 11 livros, estando já a escrever o 12º (Hearth's Blood). Em seguida segue-se a lista dos seus livros, que se organizam por sagas distintas.

Sevenwaters
Filha da Floresta (1999)
O Filho das Sombras (2000)
A Filha da Profecia (2001)
O Herdeiro de Sevenwaters (2008) *

Saga das Ilhas Brilhantes
O Filho de Thor (2002)
A Máscara da Raposa (2003) –

As Crónicas de Bridei
O Espelho Negro (2004)
A Espada de Fortriu (2005)
O Poço das Sombras (2006)

Série Wildwood
Danças na Floresta (2006)
O segredo de Cibelle (2007)

*Este livro só será editado em Portugal no decorrer do ano 2009 (título não confirmado)

Vou, então, continuar a ler A Filha da Profecia. Informo também que a Patrícia voltou a ficar sem acesso à Internet e que, pelo menos por uns tempos, não poderá aceder ao blog. BOas leituras para todos!

tiago

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Lua Nova - Crítica (Tiago)

[Apesar de conter poucos, esta crítica contém alguns spoilers (revelações do enredo) acerca da história, que estão numa letra igual à do fundo. Passa com o rato por cima das frases entre parenteses rectos ([]) para leres essas partes.]

Hoje terminei de ler o segundo livro da saga Luz e Escuridão, da Stephanie Meyer - Lua Nova. Foi um livro que li mais ou menos rápido, tendo em conta a minha velocidade média para ler livros com o tamanho deste (cerca de 400 páginas). Por norma, costumo demorar cerca de um mês, por vezes um pouco mais... mas à semelhança do que aconteceu com Crepúsculo, o primeiro da saga, Lua Nova foi bastante rápido e agradável de se ler (fi-lo em 16 dias).

A escrita de Stephanie Meyer é harmoniosa, vai sempre fluindo para novos caminhos... mas a principal característica, que, na minha opinião, está ainda mais sublinhada neste segundo volume, é a lentidão dos factos. Todas as acções são ponderadas. As descrições, minuciosas, principalmente ao nível dos sentimentos. Os diálogos parecem estudados pelas próprias personagens... resumindo, é um daqueles livros que não sei como resultará no cinema! A acção é tão lenta, tão parada... é quase como um drama. Mas com vampiros. [ E, desta vez, lobisomens! ]

Mais para o fim, novamente à semelhança de Crepúsculo, existem cerca de dois ou três capítulos mais mexidos. Mas, e por completa antítese, queixo-me eu que o livro é muito parado, mas as partes mais mexidas são as que menos gosto. Parece que a própria escrita da autora funciona melhor aquando do ritmo da acção lento...

SPOILERS : [ A história estava bastante original, e acho que a autora apostou bastante bem ao dar um rumo diferente e inovador à história - e não é que Edward, o grande amado de Bella no primeiro volume, se vai embora com a família logo no capítulo 3 e a deixa para trás, sozinha, abandonada, e a sofrer do coração. É assim que um protagonista pode passar, embora muito ligeiramente, a "mini-vilão". Não há quem não fique zangado com a atitude do vampiro. ]

Gostei, um pouquinho menos do que do Crepúsculo nuns aspectos, um bocadinho mais noutros. A minha personagem preferida (Charlie) desceu um pouco na minha consideração, mas em contra-partida, Jacob, a minha segunda personagem preferida, subiu - como seria de esperar, aliás, pela participação importante que representa neste volume.

Apesar de tudo, deu-me um gosto enorme de o ler, e nem por um bocadinho o achei chato. O livro pega em nós com naturalidade e faz com que o leiamos com vontade.

Personagens Preferidas: Charlie (pela preocupação com Bella e por ser um pai atrapalhado e preocupado, [ e por ter perdido completamente as estribeiras no fim do livro! ] e Jacob ( [ porque sempre desejei que ele ficasse com a Bella e, neste livro, pude provar um pouco esse sabor. E porque mostrou ser um amigo fiel... e invulgar ] ).

Nota (0/10) - 8 (Muito Bom)

Tiago.

Post Scriptum: Podem ler a minha crítica ao livro Crepúsculo carregando aqui. E podem ler a crítica da Patrícia em relacção ao Lua Nova carregando aqui.
E agora, vou começar A Filha da Profecia!
[Já agora, um pequeno aparte, a fotografia do livro é da minha autoria, e a mão apresentada é obviamente a minha!]

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Próxima Leitura - A Filha da Profecia

E, estando eu quase a terminar o Lua Nova, já decidi qual o livro que se seguirá. A Filha da Profecia, de Juliet Marillier, é a conclusão da trilogia Sevenwaters. Os dois primeiros livros desta saga são A Filha da Floresta e O Filho das Sombras, os quais eu já tive oportunidade ler e criticar (positivamente) aqui no blog.

Dos dois primeiros tive uma opinião bastante positiva. Parto para este com as espectativas bastante elevadas, com a esperança de ler um fim digno da qualidade que a trilogia já provou ter!

" Fainne foi criada numa enseada isolada na costa de Kerry, com uma infância dominada pela solidão. Mas o pai, filho exilado de Sevenwaters, ensina-lhe tudo o que sabe sobre as artes mágicas. Esta existência pacífica será ameaçada em breve, e a vida de Fainne jamais será a mesma, quando a avó, a temida feiticeira Lady Oonagh, se impõe na sua vida. Com a perversidade que a caracteriza, a feiticeira conta a Fainne que tem um legado terrível: o sangue de uma linhagem maldita de feiticeiros e foras-da-lei, incutindo nela um sentimento de ódio profundo e, ao mesmo tempo, a execução de uma tarefa que deixa a jovem aterrorizada. Enviada para Sevenwaters, com objectivo de destruí-la, vai usar todos os seus poderes mágicos, para impedir o cumprimento de uma profecia. "

Brevemente, a minha crítica ao livro Lua Nova (leiam a da Patrícia carregando aqui)

tiago

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Necromancia - Crítica


Faz já duas semanas que terminei de ler o segundo livro da saga Destino do Universo, de Frederico Duarte. "Necromancia" é a sequela de um primeiro volume que prometeu bastante para o futuro da série ("Avatar", também com uma crítica aqui no blog).

Com um enredo melhor tecido, com descrições melhor trabalhadas e, no geral, situações bastante bem conseguidas, "Necromancia" é um livro de fantasia que aborda um tema que me agradou bastante. Enquanto que em "Avatar" é um outro planeta que é afectado por Adina, a feiticeira necromante, neste segundo volume a extensão da sua ambição de poder territorial estende-se à Terra, e Alexis e os seus companheiros terão de unir esforços para tentarem travar esta ameaça.

Gostei de ler os saltos entre os dois mundos. O livro divide-se em fases: umas partes em Nova (o tal outro mundo paralelo), outras partes na Terra (nomeadamente em Portugal, nomeadamente, por exemplo, no Centro Comercial Colombo! :P). Com bastantes ligações ao nosso querido Portugal, e a locais do mundo bem conhecidos, "Necromancia" estabelece e vinca ainda mais aquilo que já tinha sido frisado no primeiro volume da saga de Frederico Duarte: as ligações com a Terra não ficarão por aqui. As guerras estão bem descritas e as relacções entre as personagens são credíveis e totalmente verdadeiras.

Gostei, e fico muito sinceramente à espera do próximo! :D Aconselho-vos a começarema ler a saga desde o primeiro volume, "Avatar", cuja crítica já foi feita aqui no blog. Podem lê-la carregando aqui
.
Já agora, podem ler o prólogo do livro "Necromancia" carregando aqui.

E, já agora, acedam ao fórum da saga carregando aqui.

Personagem Preferida: Raptor (porque, sem dar muito nas vistas, acabou por actuar nos melhores momentos e de forma directa e útil).

Nota (0/10): 7 (Bom)

tiago

P.S.: Neste momento, estou na página 380 do "Lua Nova" (faltam-me 120, e devo acabar até ao fim-de-semana).

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Os Livros que Recebi

Época de Natal é época de receber livros. Faço-vos portanto uma lista dos que recebi este ano, por ordem de preferência, começando por aqueles que mais desejo ler para os que não tenciono (pelo menos para já)

-> Lua Nova, da Stephanie Meyer. A continuação do Crepúsculo: Não só é o favorito que recebi como é mesmo o que vou agora começar a ler!

-> Mensagem, de Fernando Pessoa. Nunca li nada deste autor e este conjunto de poemas parece-me bastante indicado para começar.

-> O Menino que Sonhava Chegar à Lua, de Sally Nicholls. A história de um rapaz de 11 anos com leucemia em fase terminal. Só com esta pequena descrição, parto do principio que seja envolvente e comovente.

-> Brisingr, de Christopher Paolini. Já li os dois anteriores desta saga (Eragon e Eldest) e na altura gostei. Também o tenciono ler, embora não para já.

-> Os Três Reinos, de Sandra Carvalho. Oferecem-me o quinto volume da saga das Pedras Mágicas, e já tinha o terceiro. Talvez para o ano venha finalmente o primeiro!!

-> "André e o Lago do Tempo" e "André a Esfera e a Esfera Mágica", de Manuela Gonzaga. As histórias de um rapaz com ligações a mundos e objectos mágicos.

Se alguém já leu alguns destes livros que referi aqui, aceitam-se críticas e opiniões, pode ser que, com a vossa ajuda, mude a minha ordem de preferência da leitura. :) Também já acabei de ler o Necromancia, de Frederico Duarte, e tenciono em breve fazer uma crítica. :)

Boas leituras!

Tiago
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