sábado, 30 de maio de 2009

O que o Dia deve à Noite - Crítica

«O meu tio dizia-me: 'Se uma mulher te amar, e se tiveres a presença de espírito para avaliar a extensão desse previlégio, nenhuma divindade de te chegará aos calcanhares.'»

O que o dia deve à noite, de Yasmina Khadra, é a história de vida de um rapaz que nasceu e cresceu até aos onze anos nos subúrbios mlongíncuos da cidade de Orão, na Argélia, em plano campo, longe da vida citadina. O pai esforça-se a trabalhar na plantação de cereais, e tudo parece correr bem. Younes, o narrador presente, é esse rapaz, que vive com os pais e a irmã mais nova. Mas de um momento para o outro tudo descarrila: alguém deita fogo aos campos nas vésperas da colheita, e o pai de Younes vê-se obrigado a mudar-se, juntamente com a sua família, para a cidade de Orão, tentando começar de novo a vida do zero. Mas é claro que as úncias posses que têm é para irem viver para a zona mais pobre e obscura da cidade.

Uma história que começa assim - um tapete enrolado - que se vai desenrolando ao longo de trezentas e cinquenta páginas. A vida de Younes não se limita ao bairro pobre. Novos caminhos são abertos, e ele vai crescendo. São inúmeras as personagens que conhece e situações por que passa.

Uma narração acerca dos receios e dos medos, do valor de uma promessa, um retrato da guerra civil Argeliana, que mostra os horrores dos massacres que ocorreram para que os muçulmanos conseguissem a independência (a Argélia pertencia, até então, aos franceses).

Apesar de um ínicio e de um final comoventes e particularmente interessantes, a história atravessa uma fase no seu meio que enrola muito no mesmo assunto. Mas o resultado final compensa. E fica a pergunta no ar: será que é o dia que deve à noite ou a noite que deve ao dia? Metáforas lindas, as que povoam esta história - até no título.

Ambientes de pobreza e de riqueza postos lado a lado, confrontos interiores, fazes boas e menos boas, o amor proíbido, as loucuras dos jovens, tudo isto num romance (histórico?) bastante interessante, que lança uma nova luz sobre a Argélia das décadas de 30 a 60. Aconselho, e tentarei em breve ler outro livro deste autor, cujos três (entre os quais este) dos seus muitos livros estão a ser adaptados para o cinema/televisão.

Número de Páginas: 347

Personagem Preferida: Issa (o pai de Younes, pela força com que lutou) e o próprio Younes (é surpreendente a forma como age e como pensa - surpreendente e muito original).

Nota (0/10): 8/10 (Muito Bom)

Tiago

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ida à Feira do Livro de Lisboa (2009)


Ora bem, este ano a minha ida à Feira do Livro de Lisboa esteve dividida em dois capítulos - o mesmo é dizer, em dois dias! A primeira vez no Domingo dia 10, e a segunda no Domingo dia 17. No primeiro estava de chuva, e por isso só tive tempo de ver um dos lados da feira antes de ter começado a chover a sério. Daí que me tenha obrigado a lá voltar novamente uma semana depois - tive sorte, o sol já iluminava directamente a feira. E além disso foi da maneira que fui falar com o meu amigo escritor Frederico Duarte (autor de Avatar, e Necromancia), que estava a dar autógrafos nessa tarde.


No Domingo 10 encontrei na feira o autor Gonçalo M. Tavares, do qual nunca lera nenhuma obra, e aproximei-me dele pedindo-lhe um conselho acerca de qual o melhor para começar. Ele aconselhou-me "O Senhor Valéry", e explicou-me o porquê... e é claro que fiquei com ele autografado. Já tinha lido algumas crónicas dele ao Domingo num qualquer jornal, e gostava do seu modo de escrita.

Leitores há de todos os estilos, mas achei muita graça a esta senhora, à qual não pude deixar de tirar uma fotografia: que original! Reparem na mala...


Gostei dos stands novos, e todos os livros que comprei estavam com promoções de 20%. Não tencionava ter comprado tantos (quatro), essencialmente porque recebi muitos nos anos e receio não ter tempo para todos. Mas não resisti...

E foram eles os seguintes livros:


Deixo com vocês algumas fotografias que tirei (todas elas são da minha autoria) destas duas tardes bem passadas na Feira do Livro de Lisboa que, mais uma vez, se realizou no belíssimo Parque Eduardo VII. Boas leituras... e até para o ano, feira!
Tiago

domingo, 24 de maio de 2009

Parei de ler o Brisingr

Isto raramente me acontece, mas a verdade é que perdi por completo o interesse na leitura de Brisingr, e, olhando para a minha prateleira com tantos livros a quererem ser lidos, decidi não me obrigar a continuar a ler o terceiro da trilogia da Herança. Talvez, um dia mais tarde.

A verdade é que a história começava a tornar-se previsível, os capítulos quase todos iguais, de muita conversa fiada, e páginas e páginas que pareciam estar lá apenas para encher chouriços, como se costuma dizer. Talvez a partir de este facto se descubra o porquê do numeroso número de 800 páginas. Na minha opinião, um número um pouco exagerado tendo em conta o enredo que a história desenvolveu até às 530, onde parei.

Não gosto de fazer isto, mas a verdade é que me estava a custar avançar. E se lemos é por gosto, não é?

Tiago

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Danças na Floresta - Crítica (Tiago)



«Tudo tem um preço», dizem todos a Jena, «tudo tem um preço». E sim, tudo teve um preço para a segunda mais velha de cinco irmãs, que teve de sacrificar certas coisas para obter bens maiores, ao longo da sua vida. Jenica, de seu nome completo, mostrou ser uma personagem tipicamente marilliana, com a força de vontade a notar-se em todos os poros da sua pele - e, aliás, seguindo o exemplo da própria autora, Juliet Marillier.

«Danças na Floresta» é o primeiro livro de Juliet catalogado como «young adult», ou seja, literatura infanto-juvenil, em português. Todos os restantes editados até hoje (sem contar com a sequela deste, O Segredo de Cibele) são para adultos. Sinceramente, admito que não seria capaz de os dividir assim. Em «Danças na Floresta» não existe exactamente a mesma monumentalidade e utopia que se lê em Sevenwaters, mas a história é igualmente linda e poderosa.

Uma Clareira da Dança que nos faz esperar por cada lua cheia ao longo da leitura, personagens cujas mentes vamos construindo ao longo das páginas, e mistérios que são alimentados quase até ao último capítulo... um livro mágico, emocionante, e que conta a história do amor verdadeiro - sim, é real. Sim, é mágico. Mas sim, tudo tem um preço. Também Jena aprendeu isto.

Nº de Páginas: 128

Personagens Preferidas: Gogu (foi o sapo mais simpático que já tive o prazer de conhecer), Draguta (porque adoro personagens misteriosas) e Jena (a Juliet esmerou-se, como sempre, na sua personagem principal).

Nota (0/10) - 8 (Muito Bom)

Tiago

sábado, 16 de maio de 2009

Semana Marillier: Três coisas

[Encontro dos membros do fórum Mundo Marillier em Portugal no Verão de 2008 - a Juliet está no centro, vestida de cor-de-rosa]

Hoje venho dizer três coisas, três curtos apontamentos, que podem no entanto interessar aos fãs desta escritora.

A primeira delas refere-se ao livro da Juliet que foi posto à venda há cerca de uma semana em Portugal, e que vem dar continuidade à trilogia Sevenwaters, provavelmente a mais conhecida e reconhecida da autora. «O Herdeiro de Sevenwaters» é a sequela, portanto, de uma história encantadora passada na floresta pertencente à família que a herdou de geração em geração... editada pela Bertrand (mas consta que este é o último a ser editado por esta editora - depois os direitos de publicação das obras de Juliet Marillier vão passar para a Planeta Editora), pode ser encontrado em qualquer livraria.

A segunda refere-se à lista de livros nos quais a Juliet vai trabalhar, já ordenados de acordo com os planos que ela tem para os concluir. Já prestes a ser editado na Austrália está o novíssimo «Heart's Blood», uma obra independente não incluída em qualquer saga. Actualmente a escritora está a escrever «Song of the Island», que será o quinto da colecção Sevenwaters (mas devido aos tratamentos que está a fazar, a Juliet pensa que só o vai concluir em 2011)... e depois deste já está planeado um terceiro livro da saga Wildwood (para dar continuidade a Danças na Floresta e O Segredo de Cibele).

A terceira é a indicação da existência de um fórum exclusivamente dedicado a Juliet Marillier, criado e administrado pela Mariposa aqui dos blogs, em que podes participar em discussões acerca dos livro desta autora, e inclusivé fazeres-lhe perguntas acerca do que quiseres. uma counidade amigável, com muito espaço para a diversão. Visita e inscreve-te, se gostas dos livros da Juliet, ou se queres passá-los a conhecer melhor! Chama-se «Mundo Marillier», e carrega aqui para lá chegares.

Tenho também a informar que a crítica ao livro Danças na Floresta, que tentei ler durante esta semana, fica adiada por mais uns dias, por impossibilidade de o ter conseguido finalizar! Desde já as minhas desculpas à Juliet e aos leitores do Lydo e Opinado.

Boas leituras!

Tiago

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Semana Marillier: Entrevista EXCLUSIVA (Parte 3/3)

[Fotografia que a autora enviou exclusivamente ao Lydo e Opinado, que mostra a própria Juliet com a sua neta mais nova, nascida há cerca de três meses - a Irie]

E hoje publicamos finalmente a terceira e última parte da entrevista que o Lydo e Opinado fez à protagonista desta semana aqui no blog, a maravilhosa e extremamente simpática Juliet Marillier, autora de sagas brilhantes como Sevenwaters, As Crónicas de Bridei, A Saga das Ilhas Brilhantes e Wildwood Dancing.

Se quiserem ler esta parte da entrevista em português carreguem aqui, mas para a comentarem façam-na neste tópico do blog principal (o outro serve apenas para usos em caso destes de traduções).
15º - You would like to make a project in partnership with another writer? Who you will choose to work with you?
I can’t imagine doing this, but if I did I would choose a writer whose approach to storytelling is reasonably similar to mine. Perhaps Australian author Kate Forsyth, author of the Witches of Eileannan series, or Celtic historical novelist Jules Watson.

16º - Exist some book of other writer that you liked to write but "unfortunately" that person had that idea first?
It’s not so much other writers choosing an idea I had thought of, more that there are certain books I admire very much and wish I had written!

17º - You came to Portugal last summer. Did you enjoyed?

Yes, I did, especially my trip to the fascinating historical buildings of Sintra and the opportunity to meet so many fans. I was made extremely welcome. The signing in Lisbon was great, too. I hope I will come back some time soon and perhaps stay in Portugal long enough to see a little more of the
country.

18º - And some time you thought that you could write a novel passed in Portugal, or Spain?
It’s a possibility for the future. I have an interesting story line that could commence in Portugal or Spain, then take the characters on a lengthy voyage elsewhere – it would be more of a historical novel than a fantasy.

19º - Do you like animals?
I love animals. My life revolves around my two dogs and one cat. I have a tendency to adopt waifs and strays, and currently have a dog whom I adopted when she was old, blind and homeless. I’ve just had some new author photos taken, in which the other dog, Gretel, appears with me. When I watch television, it is usually programs about vets or animal welfare.

20º - Recently Juliet caught a big scare when was diagnoses a tumour. Fortunately the situations are going well. But how did you deal with that? What changed in your life?
I’m still dealing with it – the news was quite a shock. Yes, it has gone well so far but I am heading into a long period of treatment which is going to make me quite sick, so I will be working hard to show courage and stay calm. After being quite upset for the first week or so, I decided I would not listen to any negative talk about my situation, so I have posted some rather bossy statements on my website telling readers to send only positive messages (and I’ve received some wonderful emails.) What changed in my life? Quite a bit. I am noticing all the beautiful things around me, and thinking
about all the good experiences I’ve had in the past, and what I’ve achieved in my life. On a more practical level, I’ve gone onto a strict low-fat diet, am trying to keep up my exercise routine in a modified form, and am drinking at least 8 glasses of water a day! And I am not doing quite as much writing as usual. A lot of this is in preparation for chemotherapy, which takes quite a toll on the body. Having a rest from writing will probably allow me to read more books (yay!) and do some handiwork like knitting.

21º - During this interview you told us a little bit about yourself and about your methods of writing. The Portuguese fans would like to receive some words, advice, want you want to tell them something.
I don’t want to sound too serious here. For the last month and a half my mind has been on big
issues: life and death, sickness and health, what makes people brave, and so on. Really, I would like to say to my Portuguese fans a big thank you for supporting me so wonderfully and continuing to read my books with such enjoyment and appreciation. It means a lot to me to know you love my writing so much. I have found my Portuguese readers highly intelligent (as demonstrated by the
kind of questions you ask) and extremely courteous and friendly.
For those of you who are writers or
creative artists, keep on working hard, follow your dreams and have faith in yourself! For those of you who just love to read, I hope your reading sweeps you away into worlds of the imagination and makes your daily life brighter.

Por hoje é tudo, e assim se conclui a terceira parte da entrevista a Juliet Marillier. Mas a semana dedicada a esta autora ainda se prolonga até Domingo, por isso continua atento! Existe uma falha, no entanto, de acordo com os planos originais: era previsto eu a Patrícia termos feito uma pausa nos livros que estávamos a ler para lermos um da Juliet, e no sábado e no Domingo cada um fazia uma crítica ao livro que lera. Só que a Patrícia já me disse que não teve oportunidade de ler um livro da autora... e eu ainda tneho 100 páginas para ler do meu! Por isso, a minha crítica fica para Domingo. Para amanhã, prepara-te para uma miscelânia de curiosidades e informações acerca da escritora. Boas leituras!

Tiago

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Semana Marillier: As três sugestões da Juliet

Durante a entrevista exclusiva que o Lydo e Opinado fez a Juliet Marillier, a protagonista desta semana aqui no blog, a autora revelou quais são aqueles livros que ela aconselha às pessoas que querem começar a ler a sua obra. São eles, não discriminando qualquer ordem de preferência, A Filha da Floresta, O Filho de Thor e Danças na Floresta (todos eles editados pela Bertrand, em Portugal).


Título: A Filha da Floresta
Saga: Trilogia Sevenwaters
Sinopse:
Passada no crepúsculo celta da velha Irlanda, quando o mito era Lei e a magia uma força da Natureza, esta é a história de Sorcha, a sétima filha de um sétimo filho, o soturno Lorde Colum, e dos seus seis amados irmãos.
O domínio de Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por homens silenciosos e Criaturas Encantadas que deslizam pelos bosques vestidos de cinzento e mantêm armas afiads. Os invasores de fora da floresta, os salteadores do outro lado do mar, os Bretões e os Viquingues, estão todos decididos a destruir o idílico paraíso. Mas o mais urgente para os guardiões é destruir o traidor que se introduziu dentro do domínio: Lady Oonagh, uma feiticeira, bela como o dia, mas com um coração negro como a noite. Oonagh conquista Lorde Colum com os seus sedutores estratagemas,; mas não conseque encantar a prudente Sorcha. Frustrada por não conseguir destruir a família, Oonagh aprisiona os irmãos num feitiço que só Sorcha pode quebrar. Se falhar, continuarão encantados e morrerão!
Então os salteadores chegam e Sorcha é capturada, quando está apenas a meio da sua tarefa... Em breve vai ver-se dividida entre o seu dever, que lhe impõe que quebre o encantamento, e um amor cada vez mais forte, proibido, pelo senhor da guerra que a capturou.

Título: O Filho de Thor
Saga: A Saga das Ilhas Brilhantes

Sinopse: Eyvind sempre desejou ser um grande guerreiro viquingue - um Pele-de-Lobo - mas o seu amigo de infância Somerled tem outros planos para o futuro. Apesar do juramento que fizeram quando crianças, Eyvind e Somerled acabam por seguir caminhos diferentes: o primeiro transforma-se num feroz servidor de Thor e o outro um cortesão erudito. Mas o destino acabará por reuni-los em circunstâncias misteriosas...


Título: Danças na Floresta
Saga: Wildwood
Sinopse: Esta é uma história mágica, que transita entre um mundo mítico e um castelo na Transilvânia... Jena, uma jovem de 15 anos, o seu sapo de estimação Gogu e suas quatro irmãs guardam um segredo: desde pequenas, em todas as noites de Lua Cheia, fazem sombras com as mãos contra uma pedra, abrindo um misterioso portal para uma floresta mágica, onde dançam com encantadoras e bizarras criaturas fantásticas. Porém, elas não imaginam que as suas vidas vão mudar drasticamente: o pai adoece e, por recomendações médicas, vai para uma região onde o inverno é mais ameno. Jena e sua irmã Tati ficam encarregadas de cuidar dos negócios da família no castelo Piscul Dracului. As coisas vão bem até que um trágico acidente deixa tudo fora de controle. Para piorar, sua irmã se apaixonara por uma das misteriosas criaturas da Clareira Dançante da floresta...


Aproveitem estes conselhos da autora para começarem a ler os maravilhosos livros de Juliet Marillier. Amanhã não percas, no Lydo e Opinado, a terceira e última parte da entrevista a Julit Marillier, na qual, entre outras perguntas, a autora dirige uma mensagem especial aos seus leitores/fãs portugueses, fala acerca da possibilidade de escrever uma história passada em Portugal, ou de como o diagnóstico do cancro da mama detectado há dois meses mudou a sua vida. Boas leituras!

Tiago

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Semana Marillier: Entrevista EXCLUSIVA (Parte 2/3)

Dois dias depois de termos dado a conhecer aos leitores do Lydo e Opinado a entrevista exclusiva que este fez à protagonista desta semana aqui no blog, a maravilhosa Juliet Marillier, hoje chegou a vez de publicarmos a segunda parte de série de perguntas que realizámos. Tal como da primeira vez, vamos colocar aqui no blog a entrevista na língua original em que foi feita (inglês), mas, se alguém preferir lê-la traduzida para português, carregue aqui (ao comentar, no entanto, faça-o neste tópico do blog principal).

8º - Your characters reflects persons that you know or are just totally original from your imagination?
I think all writers use material from people they know when creating characters. The raw material for all fiction is the writer’s personal experience. However, I don’t base characters on individuals I know – they are always a blend.

9º - And your creativity to write stories? Where your imagination come from? Some time you based in something that happened to you?
This is extremely hard to answer. I don’t know if people are born with a creative imagination or whether they develop it through nurture, or partly both. I was certainly brought up surrounded by books and stories, and was encouraged by my parents to read and write.
I do sometimes build my personal experiences, fears, misgivings and beliefs into the books. For instance, when Paula is on her quest in Cybele’s Secret, I gave her some challenges that represent my own worst fears (crossing a shaky suspension bridge, and being underground in pitch darkness.)

10º - You are a writer that has a schedule to write?
I have a fairly well-organised working day, with a schedule based around the walks and meals for my animals! Generally I follow the same schedule every day, but sometimes I spend the time writing the new book, and sometimes I need to do editing, answer emails and letters, work on my accounts, and a lot of other tasks that are part of a professional writer’s work.

11º- You listen music when you write? Which are your favorite singers?

While I’m writing I often prefer silence, and if I do listen I will chose something purely instrumental, because I’ve found the lyrics of songs are distracting. Favourite singers: I like Loreena McKennitt, Karen Matheson from Capercaillie, and Irish folk singer Karan Casey. I love the Celtic bands Capercaillie, Runrig and Solas. Closer to your part of the world, I also enjoy the music of Carlos Nunez and the group Luar na Lubre.

12º- Recently you wrote “Heir of Sevenwaters” (that will be published in portuguese on May 8). Was for you a good experience return to the characters and sceneries of the trilogy that enchanted
so many people?

I enjoyed writing Heir to Sevenwaters very much. I wasn’t sure how I would feel about going back to that world and those characters, but once I started it felt very natural.

13º - Between the books you wrote, you have a favorite? And, of all the books you wrote, you can suggest one of them to someone that want to start reading your books?
Choosing a favourite is difficult, because I have different reasons for liking different books. I think it’s a tie between Son of the Shadows and The Well of Shades. Son of the Shadows because I really loved creating Bran’s band of outlaw warriors, and The Well of Shades because I think it contains my best, most mature love story.
Which to start with? Either Daughter of the Forest, Wolfskin or Wildwood Dancing – it depends on the reader.

14º- Actually you are reading a book?
I’m about to start reading Revelation by C J Sansom. His books are great! They are historical detective stories, set in the time of Henry VIII. Sansom really makes the period come alive.


Se quiseres ler a última parte da entrevista, continua a acompanhar o Lydo e Opinado ao longo desta Semana Marillier. Amanhã não percas uma pequena introdução a cada um dos três livros que a Juliet aconselhou nesta parte da entrevista a quem quiser começar a ler a sua obra - se ainda não leste nada dela, visita-nos amanhã e fica a saber os três livros que a autora te aconselha a começares! Até lá, boas leituras!
Tiago

terça-feira, 12 de maio de 2009

Semana Marillier: Trilogia Sevenwaters


Na minha opinião, sem qualquer dúvida a trilogia que me deu mais gosto de ler em toda a minha vida. Com cenários ricamente descritos, paisagens de florestas e mar, um ambiente puramente irlandês... embora estes três livros tenham sido os únicos que já li da autora, arrisco-me a dizer que Sevenwaters é a obra-prima de Juliet Marillier.

A Filha da Floresta tem como protagonista Sorcha. O Filho da Sombras tem como sua heroína Liadan. E, em A Filha da Profecia, a personagem principal é Fainne. Ambas estas três entidades femininas emanam uma força de vontade que atravessa mares e move montanhas, por amor: ou aos irmãos, ou à cara-metade, ou ao pai. Mas sempre, sempre à família que as une: Sevenwaters.

De uma beleza impressionante, estas leituras deixam marcas. Uma mistura de fantasia com romance histórico, com muitas lendas e canções à mistura. De leitura obrigatória! Um dos livros desta trilogia foi opinado pela Patrícia, e os três por mim:

Pela Patrícia:
Por mim:
Para quem quer começar a ler Juliet Marillier, aqui fica um bom conselho: existe um pack que reune os três livros, e que em circunstâncias normais custa 44€. Mas na feira do livro de Lisboa, no stand da Bertrand, vi-o à venda por 26€. Se puderem, aproveitem até Domingo próximo!

Amanhã não percas, aqui no Lydo e Opinado, a segunda parte (de três) da ENTREVISTA EXCLUSIVA feita à Juliet, que amavelmente se dispôs a colaborar connosco. Continua a acompanhar a Semana Marillier aqui no blog. E boas leituras!

Tiago

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Semana Marillier: Entrevista EXCLUSIVA (Parte 1/3)

Começa hoje, no Lydo e Opinado , uma semana dedicada totalmente a Juliet Marillier (autora da já falada aqui no blog trilogia Sevenwaters). Até ao próximo Domingo, todos os dias irão ser colocadas novidades - as três partes da entrevista exclusiva feita à autora pelo Lydo e Opinado, informações acerca dos livros já publicados e, no fim-de-semana, críticas a dois livros dela, que eu e a patrícia estamos a ler actualmente, de propósito para esta situação.

Segue-se a primeira parte, de três, da entrevista à Juliet, que amavelmente e de forma extremamente simpática se dispôs a responder. Se são fãs desta autora, ou se quiserem passar a conhecê-la melhor, vão visitando o blog ao longo desta Semana Marillier.

Ah, se quiserem ler a entrevista em português carreguem aqui.



1º - Can you tell us your age when you started to write stories, even that the stories don’t have the structure of a novel?
I started writing stories at about the age of seven. I still have one of them, about a rampaging robot. It was quite a violent story – hundreds of people died in it!

2º - While child, which books and writers you selected as your favourites?
Beatrix Potter, Alison Uttley (the Little Grey Rabbit books), Tove Jansson’s Moomin books, C S Lewis’s Narnia books. When I was a little older, I loved Louisa May Alcott’s Little Women, and Frances Hodgson Burnett’s The Secret Garden and A Little Princess. I also liked Rosemary Sutcliffe’s historical novels. By the age of twelve I was reading mostly adult books.

3º - Let’s talk about school. When Juliet was a student, you had good grades?
Yes, I did have good grades, especially in anything to do with language or history. I managed quite well in maths and science, too, but I never enjoyed either and I gave them up as soon as I could. I was not good at sports. I had to wear very thick glasses, and I had no confidence at all with physical challenges.

4º - The editors accepted immediately your first novel, “Daughter of the Forest”?
I did send it to one local publisher who sent it back with a nice letter saying although it wasn’t their kind of book, one of the mainstream publishers might be interested. I did a little editing then submitted it to Pan Macmillan in Australia, and they accepted both “Daughter of the Forest” and “Son of the Shadows”, which was only partly written at that stage.

5º - When you had the idea of publish “Daughter of the Forest”, you thought that you could have such success that your books will have in the future? Which were your expectations?
My expectations were not very high. I had written the book with no intention of publication – really, I wrote it because I had a strong wish to tell that particular story in that way. So I was extremely excited to be having a book published, and I did not think very far beyond the thrill of seeing my novel on the shelf in the book shop.

6º - What fascinate you in the Irish sceneries that you use so much in your stories?
My ancestors lived in Scotland and Ireland, and I grew up reading mythology and folklore from the Celtic countries. Also, in many ways that landscape is similar to the part of New Zealand where I was born and grew up, so I think forests, lakes and islands were part of my psyche from early days.

7º - You have for habit travel to the places and then include them in your stories?
When it’s possible, I like to go to the places where the books are set, yes. I usually travel part-way through writing the book. When I return, I work on the descriptions of wild nature, the way the light looks, the weather, the terrain and so on. It is possible to get a lot of that information from books or the Internet, but nothing is quite as effective as going to the country itself.


Amanhã, não percas no Lydo e Opinado, um especial acerca da mais famosa saga da autora, a Trilogia Sevenwaters! Boas leituras!


Tiago

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Os livros que recebi no meu aniversário


















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