domingo, 15 de maio de 2011

Crítica - A Canção da Ninfa

Título: A Canção da Ninfa
Saga: As Novas Crónicas de Spiderwick 1#
Autores: Tony DiTerlizzi e Holly Black
Tradutora: Isabel Gomes
Editora: Editorial Presença
Nº de Páginas: 162
Preço Editor: 8,68€

Sinopse: «Julgas que aqui a vida é só divertimento e sol? Vê bem! Isto até era bastante bom antes de me terem arranjado esta meia-irmã sem jeito e pateta. E não veio sozinha. Trouxe aquele livro enorme e estúpido sobre criaturas fantásticas. Ela garantiu que existiam mesmo, mas achas que eu acreditei? Não. Disse-lhe que era uma fraude. Meu! Estava enganado. Agora há criaturas fantásticas por todo o lado! POR TODO O LADO! E NÃO se vão embora se não as ajudarmos! AZAR!»


Cinco anos depois da minha última incursão pelo mundo de Spiderwick, eis que regresso a um território do qual tinha saudades. «As Crónicas de Spiderwick», editadas em 2004, foram uma das minhas primeiras incursões na leitura voluntária. Uma vez, há uns seis anos, comprei o primeiro volume numa feira do livro, e na altura aquelas 105 páginas (com ilustrações pelo meio) foram a minha leitura de Verão. Os 4 volumes seguintes não tardaram; e depois foi a adaptação cinematográfica; e depois... nada.

Até que o ano passado foi lançada uma trilogia-sequela: «As Novas Crónicas de Spiderwick». É como vos digo: as saudades falaram mais alto, e adquiri o primeiro volume, numa dualidade de sentimentos que era regressar àquele imaginário e ao mesmo tempo ter medo de desmistificar o original. Ora, nesta leitura que me durou apenas duas horas (a sério que fiz um esforço para aproveitar cada página...), fiquei com uma sensação positiva a agitar-se em mim.

Numa primeira fase, o livro parece que vai seguir um pouco as pisadas dos anteriores; isto embora mude de cenário e de personagens. Mas depois a linha da história vai evoluindo, de forma quase melódica, e somos puxados para os cenários e a beleza daquele mundo no qual trevos de quatro folhas nos permitem distinguir criatura fantásticas! A intriga vai evoluindo, e a ligação que temos com cada uma das personagens também. Para um livro infanto-juvenil, «A Canção da Ninfa» atingiu-me de forma muito particular. Talvez por trazer ao de cima vivências que já tinha experimentado com 11, 12 anos.

E depois um momento de clímax para os leitores dos volumes anteriores - as histórias entrecruzam-se! E mais não posso contar, sobre perigo de spoilers que podem ser facilmente controlados. Fiquemo-nos pela descrição: a escrita de Tony DiTerlizzi e Holly Black é fluida, verdejante, e cativante. Não conseguimos perceber onde acaba o toque de um e onde começa o do outro, este livro a duas vozes é uno nas sensações que transmite. As personagens são interessantes, têm os seus defeitos e as suas qualidades, e é fácil de criarmos uma ligação emocional com elas.

Achei o livro muito bonito. Fiquei com pena de ser tão pequeno (isto apesar de ser o maior dos 6 livros!), e quando o leitor se começa a entusiasmar mais do que nunca - é quando acaba. Não sei explicar melhor: existe uma qualquer magia nestas páginas, Spiderwick tem qualquer coisa que outros livros deste cariz não têm. Dá vontade de ir a correr em direcção a um bosque em busca de um gigante, ou de um lago cheio de ninfas, ouvir a canção de Taloa... as ilustrações são excelentes, e o trabalho de edição da Editorial Presença também é digno de nota, com a capa ao nível das anteriores. Recomendado a miúdos e graúdos - vão encontrar encantamentos nestas páginas, para além da simplicidade com que a história é contada!

Personagens Preferidas: Nick, e a breve aparição de... [spoiler a branco: Simon].

Nota (0/10): 7 - Bom

Tiago

1 comentário:

Eduardo Feliciano disse...

Olá! Moro no Brasil, e os novos livros de Spiderwick não chegaram aqui. Será que você poderia digitalizá-lo, ou escaneá-lo para que eu pudesse ler?
Deixo meu e-mail: eududuxco@hotmail.com


Grato,
Eduardo

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