segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Crítica - About a Boy


Título: About a Boy
Autor: Nick Hornby
Editora: Penguin Books
Nº de Páginas: 278
Preço Editor: 11,05€

Sinopse: Will is thirty-six but acts like a teenager. He reads the right magazines, goes to the right clubs and knows which trainers to wear. He's also discovered a great way to score with women - at single parents' groups, full of available (and grateful) mothers, all waiting for Mr Nice Guy. That's where he meets Marcus, the oldest twelve-year-old in the world. Marcus is a bit strange: he listens to Joni Mitchell and Mozart, he looks after his Mum and he's never even owned a pair of trainers. Perhaps if Will can teach Marcus how to be a kid, Marcus can help Will grow up - and they can both start to act their age...


Parti para esta leitura com o ânimo regulado num valor médio. Tinha-o adquirido no princípio do ano lectivo, e na altura alimentava boas expectativas. O tempo foi passando, e a vontade decrescendo. Agora que o termino, acho que lhe peguei numa boa altura, antes que chegasse a um estado em que provavelmente não lhe pegaria. E, agora que percorri cada linha de cada página, posso dizer que me surpreendi pela positiva com este About a Boy, de Nick Hornby.

Não é uma obra-prima da literatura, muito longe de o querer ser, nem é um livro com uma história interessante e bem construída. O enredo é aliás pouco linear, e vai vagueando pelo dia-a-dia de, essencialmente, duas personagens. E, na minha opinião, o ponto forte deste livro trata-se exactamente disso: personagens! Temos o Marcus e o Will. O primeiro tem 12 anos, e o segundo 36 - mas as circunstâncias da vida levaram-nos a encontrarem-se e a desenvolverem uma amizade muito estranha e particular. Com capítulos que são narrados alternadamente ora por um, ora pelo outro, vamos acompanhando a linha da história.

A construção das personagens está muito bem conseguida. Nick Hornby criou duas mentalidades completamente diferentes, que parecem ter encaixado nos corpos errados. E retrata esses pensamentos de uma maneira muito divertida e real - ao lermos um capítulo de Marcus, entramos dentro do seu ponto de vista, dentro da sua cabeça e maneira de pensar; e o mesmo acontece com Will. Esta diferenciação de escrita entre um e outro foi uma surpresa.

Depois, é um livro leve e pesado ao mesmo tempo. Abordando alguns temas mais negros (suicídio, drogas, bullying, divórcio, etc...), fá-lo de uma maneira divertida, e que me chegou a fazer rir em muitas ocasiões - facto de que muito poucos livros se podem orgulhar... fazer-me rir!

De resto, a sensação que fica é a de que assisti a um daqueles filmes que passam aos fins-de-semana à tarde na televisão - não tivesse esta obra uma adaptação cinematográfica, que fiquei com curiosidade em ver. E sigo com a minha comparação: li o livro, foi agradável e divertido, entreteu-me, gostei de alguns temas que abordou e da forma como escolheu fazê-lo; mas por outro lado fica uma sensação de que, no fundo, tudo ficou um pouco superficial, a obra não atingiu aquilo que podia ter atingido, o livro não me vai ficar marcado por muito tempo.

Uma leitura descontraída, divertida, interessante, numa escrita original e criativa que me cativou, e constantemente me motivava a prosseguir. À excepcção de alguns capítulos mais parados e umas partes da história que não me tocaram tanto, encontrei em About a Boy um livro que a todos aconselho como leitura relaxante. Sem ser fútil.

Personagens Preferidas: Will, e Ellie.

Nota: 7/10 - Bom

Tiago

1 comentário:

Jessie disse...

Aconselho-te a ver o filme. Tem excelentes interpretações e tem um tom bastante interessante.

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