quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sputnik, Meu Amor - Crítica

Nome: Sputnik, Meu Amor
Autor: Haruki Murakami
Editora: Casa das Letras
Tradução: Maria João Lourenço
Páginas: 197

Sinopse: "Um jovem professor primário, identificado apenas pela inicial «K», apaixona-se por Sumire, uma jovem aspirante a escritora. Quando esta entabula uma relação amorosa com Miu, uma enigmática mulher de meia-idade que a emprega como secretária, K é relegado para o ingrato papel de confidente. Sumire, porém, estando de férias numa ilha grega com a sua amante, desaparece misteriosamente, e K é chamado para ajudar nas buscas. Um estranho triângulo que oferece uma profunda reflexão sobre a solidão, os sonhos e aspirações do indivíduo e a necessidade de os adaptar à realidade."

Comecei a ler este livro já sabendo o final, pois o Tiago, quando o leu no ano passado, de tão entusiasmado que estava, contou-me. Na altura achei-o fascinante e disse-lhe imediatamente que ele tinha de me emprestar o livro. Agora que o fez, já percebo o porquê de todo o entusiasmo.

Apesar de, nas primeiras páginas, certas partes serem desprovidas de interesse, pelo menos para mim, que não senti grande excitação para ler aquilo tudo de uma vez - o que não quer dizer que seja uma parte parada, apenas estava habituada a fazê-lo com os últimos dois livros que li -, a segunda parte torna-se bastante emocionante e, para além disso, muito misteriosa.

Podemos ler ali na sinopse que Sumire desapareceu. Primeiro que tudo, pensamos «Oh, já sabemos o final.» Mas a verdade é que as coisas não são bem assim. Para além de Murakami conseguir criar alguns laços entre os leitores e as personagens, o desaparecimento de Sumire e a história de Miu são tudo menos coisas normais. É preciso ler para compreender e para nos perdermos naquele Mundo que não parece real. No entanto, ficamos a pensar «Será que isto podia mesmo acontecer?» Eu fiquei, cá no fundo, a acreditar que sim.

Um livro leve e fácil de se ler, apesar dos erros de edição, Sputnik, Meu Amor, revelou-se como uma pequena lufada de ar fresco.

Personagens favoritas: Cenoura, K., Sumire e Miu.

Nota: 7,5/10 - Bom

Sara

4 comentários:

Tiago Mendes disse...

O que posso dizer? Se calhar a escrita de Murakami não toca em todos da mesma forma, e isso talvez dependa da personalidade de cada um. A verdade é que há quem adore, e quem não consiga ler sequer. E, pensando bem, se escolher uma página ao calhas de um qualquer livro dele, talvez a literatura seja simples, sem nada de especial a apontar. Se olhar a cru para o texto, ou se me imaginar a fazê-lo... sim, os livros de Murakami seriam iguais a quaisquer outros.

Mas para mim, e provavelmente para outras pessoas, é mais do que o que lá está, é o transporte para uma realidade absulutamente credível, um filosofar de forma literária, um vício que não consigo largar, uma leitura simplesmente maravilhosa!

Se calhar nem todos captam a magia.... e ficam-se pelo agradável da leitura :) Ainda há-de ser estudado! xD

Patrícia disse...

Sim, havemos de levar um livro dele a um laboratório científico.

Bom, nunca li o livro, nem nenhum outro do Murakami, por isso não posso dizer muito, a não ser que ainda bem que gostaste :)

Paula disse...

Olá Sara,
já li alguns livros de Murakami, gostei de Sputnick meu amor, mas o que gostei realmente foi Kafka à beira Mar...
Livros que nos fazem sonhar e viajar :D
Abraço

Alexandre Barbosa disse...

Achei muito interessante a sinopse deste livro. Sempre quis ler algo de Murakami. Será que o nome é diferente aqui no Brasil? Vou procurar...

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