domingo, 28 de fevereiro de 2010

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro - Crítica

Nome: Mil Novecentos e Oitenta e Quatro
Autor: George Orwell
Editora: Antígona
Tradução: Ana Luísa Faria
Nº de Páginas: 313
Preço Editor: 16€

Sinopse: Mil Novecentos e Oitenta e Quatro oferece hoje uma descrição quase realista do vastíssimo sistema de fiscalização em que passaram a assentar as democracias capitalistas. A electrónica permite, pela primeira vez na história da humanidade, reunir nos mesmos instrumentos e nos mesmos gestos o trabalho e a fiscalização exercida sobre o trabalhador. O Big Brother já não é uma figura de estilo - converteu-se numa vulgaridade quotidiana.

Penso que a melhor maneira de iniciar esta crítica é dizendo que este livro é muito assustador. Não se trata de um livro de terror, mas a mim assustou-me de uma maneira que mais nenhum livro fez, talvez por eu ter a consciência que a nossa sociedade está cada vez mais próxima do que acontece neste livro.

Nas primeiras páginas posso dizer que o achei um bocado monótomo e "cinzento". Tudo o que Winston fazia parecia demasiado aborrecido para alguma vez eu conseguir chamar àquilo de viver. Só mais tarde percebi que isso fazia parte da essência do livro porque, nesta obra, as pessoas não vivem, as pessoas sobrevivem.

Outra parte que achei monótoma foi o livro mas, tal como o Tiago me pediu, não perdi o ritmo e depois até vim a descobrir que aquilo também era importante para compreender melhor aquela sociedade degradada.

E o que mais me fez impressão no meio desta obra toda foi o facto de aquela política estar tão bem planeada e pensada que parece que jamais será posta de parte. Apesar de horrível e insensata, parece não ter qualquer tipo de defeitos que os homens consigam agarrar, de maneira a atirá-la a baixo. Parece que se vai perpretuar para sempre - e isso foi mais uma das coisas que me assustou.

Acabo por concluir que, apesar de este livro não fazer parte do género daqueles que eu costumo ler, até gostei, apesar de me ter assustado. Mas é como a minha professora de Inglês diz: «Tudo o que é diferente, mete-nos medo.»

Personagens preferidas: Não tenho nenhuma, são todas demasiado enganadoras.

Nota: 8/10 - Muito Bom

Sara

4 comentários:

Tiago Mendes disse...

Não posso dizer que tenha tido medo, mas que o achei perturbador - lá isso achei. É que se olharmos para a humanidade de hoje, vemos que, em certos aspectos, nos aproximámos da deste livros. Em outros aspectos acho que já estivémos mais próximos, mas não me admirava se voltássemos a cair nesse erro.

Em relacção a achar monótonas certas partes, nisso é que já não concordo de todo - quando o li tive a sensação de que Orwell podia escrever tudo o que quisesse, tentar ser maçudo, que mesmo assim não iria conseguir. :P Achei tudo muito fluído, mesmo a parte d' O Livro.

Talvez, como me disseste uma vez, tenhas alimentado demasiado expectativas. Acontece. Para mim é simplesmente dos melhores livros que já li :)

Tinkerbell disse...

têm um selo no meu blog :D

Andreia Veríssimo disse...

Este é definitivamente uma das minhas próximas leituras... e de certeza não é algo que vou adiar assim tanto... só até concluir os próximos dois, que nem valem a pena serem referidos =)

Ana C. Nunes disse...

Este é um dos livros que mais tenho curiosidade em ler, pois a história parece promissora.

Espero que não te incomode, mas atribui-te um selo no meu blog.
Podes ver aqui:http://florestadelivros.blogspot.com/2010/03/selos.html

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