Para começar, Agatha Christie é uma daquela escritoras que devem ser experimentadas por toda a gente, porque no fundo é considerada a rainha dos livros policiais. Foi com esta motivação que parti para a leitura de «Cartas na Mesa», livro que já tinha na estante desde 2006 ou 2007, e nunca lhe pegara. As expectativas eram medianas - por um lado, a autora tinha um grande pestígio, assim como a sua personagem principal Hercule Poirot; pelo outro, policial nunca fora o meu género preferido de leitura...
Acabou por se revelar como uma surpresa positiva. O enredo era linear - um dos quatro suspeitos era o assassino, por ter morto Mr. Shaitana. O facto de os suspeitos se limitarem a 4 suspeitos, e termos a certeza que foi um deles, ajuda ao leitor a ir reunindo as pistas, e tentar adivinhar por si mesmo. O problema é que a história dá sempre reviravoltas, e a seguir a ouvirmos o testemunho de uns passamos a desconfiar de outros, e sempre assim...
Achei a investigação inteligente. Neste livro em específico haviam 4 investigadores, entre os quais estava Poirot. Foi engraçado vermos os métodos diferentes de cada um deles, no fim a reunirem-se na verdade. Emocionante no final, com certos momentos que nos fazem sorrir, penso que a única desilusão foi a personagem de Hercule Poirot:
Embora já tivesse uma ideia de que seria muito bom nas pistas, e muito sublime na investigação, pareceu-me demasiado bom. O que quero dizer é que, embora goste do facto dele ser um bocado esquisito, tanto na maneira de ser como de investigar, a inteligência e o jeito de investigar sobe acima do que seria possível, principalmente no final.
Livro agradável de se ler, com capítulos pequenos passados em locais diferentes; ao longo da narrativa vamos virando as cartas na mesa contra diferentes suspeitos, vamos confirmando coisas que vêm a ser desconfirmadas, e tudo dá muitas voltas. Uma boa entrada no mundo dos policiais de Agatha Christie, na minha opinião!
Páginas: 206
Personagem Preferida: Mrs. Ariadne Oliver e Rhoda Dawes
Nota (0/10): 7 (Bom)
Tiago
3 comentários:
Bem, tal como eu já te disse, o único livro que li dela foi O Crime do Expresso Oriente. Também andei nesse reboliço, durante a leitura toda. Ia tentando tirar as minhas próprias conclusões e, quando o crime foi desvendado, fiquei bastante aborrecida comigo mesma por não ter conseguido chegar à mesma conclusão que o Poirot. E, tal como tu disseste, policial não é um dos meus géneros favoritos. Por isso, penso que só voltaria a ler algo dela se não tivesse mesmo mais nada para ler (e bem sabes que tenho uma parteleira cheia à minha espera).
P.S. - Os Maias: 474
O Despertar da Magia: 213.
É uma pena, mas esta semana li muito pouco devido às altas horas em que me deitava por causa do Nanowrimo.
Grande livro e dás nota 7... :P
Essas críticas dão vontade de ler, mas não tenciono fazê-lo, pelo menos, por enquanto :)
Dela só tenho "O Mistério dos Sete Relógios", mas nunca o li. Estou como a Sássára... metade da minha biblioteca está por ler... e leio muito xD
Mas a vontade de ler o que tenho aumentou um bocadinho depois de ler o teu post. É um livro pequenino, talvez o leia em breve.
Enviar um comentário