Terminei de ler este livro há três dias, e desde então estou a ler O Pequeno Incendiário, já falado aqui no blog. Seguidamente, a crítica ao livro que li; a amarelo estão revelações do enredo (spoilers).
Sendo este livro a segunda e última parte do primeiro volume na versão original, irei no entanto avaliá-lo à parte do primeiro na versão portuguesa, até porque encontro bastantes diferenças entre os dois volumes. Parece-me até que Martin, e referindo-me ao primeiro volume da versão americana, pareceu mudar um pouco a escrita a partir de certo ponto, e esse ponto é pouco depois das primeiras cem páginas desta Muralha de Gelo.
A escrita é bastante táctica, e começa a ser necessário esforçarmo-nos um pouco para entendermos os planos de guerra que as personagens têm em mente. Enquanto que no primeiro temos a cabeça a trabalhar para assimilarmos os nomes das personagens, neste segundo volume, e além desse problema aplicado a novas e inúmeras personagens secundárias e figurantes, o mapa disponibilizado na primeira e última página do livro é indispensável para o entendermos por completo.
A certa altura despoleta uma guerra. Ora, as movimentações de exércitos e as manobras tácticas exigem demasiado do leitor, e muitas vezes só relendo o parágrafo é que entendemos por completo as ideias que nos são dadas. E, a partir de certo ponto, o número de personagens excedeu o meu limite, e muitos figurantes com pouca importância já não figuram na minha cabeça, a não ser de nome. Penso que, neste ponto, Martin exagera um pouco.
Mas estes são os únicos “mas”. A obra é complexa, sim, mas essa complexidade vem dar mais fôlego à leitura. Os capítulos de Daenerys tornam-se os melhores do livro (e, para mim, foi a melhor personagem neste segundo volume), as descrições continuam espectaculares, os sentimentos bem vincados, e as personagens quase perfeitas. No entanto, e devo dizer, senti menos ligações com elas neste segundo volume, principalmente a meio do segundo volume. A parte táctica parece predominar demasiado.
Mais uma obra-prima deste autor, que, devo dizer, é cruel com as suas personagens. São poucos os livros em que personagens principais morrem com a facilidade de quaisquer outras. É preciso ter coragem e a certeza que mantém os leitores atentos dessa forma… pode estar descansado comigo nesse ponto. A imprevisibilidade é um dos factores que mais me despertam interesse num livro!
Personagens Preferidas: Daenerys (por ser, na minha opinião, a melhor personagem do autor: a evolução e a força estão tão presentes nela como a sensibilidade e a inocência), Sansa (apesar de a preferir durante a leitura do primeiro volume), e Bran (uma personagem que se torna cada vez mais interessante, pela curiosidade e pela esperança com que enfrenta a vida.
Nota (1/10): 8 (Muito Bom)
Tiago.
PS: Devem compreender a falta de posts aqui no blog: esta deve-se somente a falta de tempo, pelo menos da minha parte, visto que não tenho tido oportunidade de vir ao computador.
Sendo este livro a segunda e última parte do primeiro volume na versão original, irei no entanto avaliá-lo à parte do primeiro na versão portuguesa, até porque encontro bastantes diferenças entre os dois volumes. Parece-me até que Martin, e referindo-me ao primeiro volume da versão americana, pareceu mudar um pouco a escrita a partir de certo ponto, e esse ponto é pouco depois das primeiras cem páginas desta Muralha de Gelo.
A escrita é bastante táctica, e começa a ser necessário esforçarmo-nos um pouco para entendermos os planos de guerra que as personagens têm em mente. Enquanto que no primeiro temos a cabeça a trabalhar para assimilarmos os nomes das personagens, neste segundo volume, e além desse problema aplicado a novas e inúmeras personagens secundárias e figurantes, o mapa disponibilizado na primeira e última página do livro é indispensável para o entendermos por completo.
A certa altura despoleta uma guerra. Ora, as movimentações de exércitos e as manobras tácticas exigem demasiado do leitor, e muitas vezes só relendo o parágrafo é que entendemos por completo as ideias que nos são dadas. E, a partir de certo ponto, o número de personagens excedeu o meu limite, e muitos figurantes com pouca importância já não figuram na minha cabeça, a não ser de nome. Penso que, neste ponto, Martin exagera um pouco.
Mas estes são os únicos “mas”. A obra é complexa, sim, mas essa complexidade vem dar mais fôlego à leitura. Os capítulos de Daenerys tornam-se os melhores do livro (e, para mim, foi a melhor personagem neste segundo volume), as descrições continuam espectaculares, os sentimentos bem vincados, e as personagens quase perfeitas. No entanto, e devo dizer, senti menos ligações com elas neste segundo volume, principalmente a meio do segundo volume. A parte táctica parece predominar demasiado.
Mais uma obra-prima deste autor, que, devo dizer, é cruel com as suas personagens. São poucos os livros em que personagens principais morrem com a facilidade de quaisquer outras. É preciso ter coragem e a certeza que mantém os leitores atentos dessa forma… pode estar descansado comigo nesse ponto. A imprevisibilidade é um dos factores que mais me despertam interesse num livro!
Personagens Preferidas: Daenerys (por ser, na minha opinião, a melhor personagem do autor: a evolução e a força estão tão presentes nela como a sensibilidade e a inocência), Sansa (apesar de a preferir durante a leitura do primeiro volume), e Bran (uma personagem que se torna cada vez mais interessante, pela curiosidade e pela esperança com que enfrenta a vida.
Nota (1/10): 8 (Muito Bom)
Tiago.
PS: Devem compreender a falta de posts aqui no blog: esta deve-se somente a falta de tempo, pelo menos da minha parte, visto que não tenho tido oportunidade de vir ao computador.
2 comentários:
Eu acho que a complexidade do que Martin criou é um dos pontos mais importantes da sua obra, porque é uma complexidade que roça o real. É normal que existam várias personagens numa corte. E não é suposto sabermos quem são todos e mais alguns de cor, nem tal aconteceria se fosse realidade.
Não gostei muito das partes da Daenerys, por ela ser desligada do resto da história. Da Sansa só me afeiçoei a partir do final da Muralha, mas a partir daí gostei bastante dela. O Bran nunca foi um dos meus preferidos, apesar de ser uma boa pessoa.
Também gostei muito das partes de Daenerys, embora não tenha sido a minha personagem preferida.
Por acaso não encontrei nenhuma dificuldade com as personagens, dada a dimensão dos Sete Reinos, é natural a existência de tantos Sor's. (Não faço a mínima ideia se é assim que se escreve, mas enfim.)
Quanto à parte táctica, como disse no meu blog, pensei que irias gostar. Normalmente os rapazes acham piada a isso, enquanto eu me aborreço na maioria das vezes :)
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