Esta é uma revista que dá vontade de ler. Pegar nela e ler durante uma aula aborrecida ou simplesmente lê-la enquanto se viaja num transporte público; dá gosto e nenhuma vontade de a fechar. Acho, no entanto, que em termos de contos, esta está mais pobre que a BANG! 8, o que compensa em termos de artigos. Com um grafismo espectacular como sempre, nesta BANG! dei por mim a sublinhar expressões que combinavam comigo, coisa que não costumo fazer. Cada vez identifico-me mais com aquilo que publicam.
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Ilustrador da capa: acho esta coluna da revista deveras importante porque pouca importância se costuma dar a quem cria capas de revistas e coisas desse género. Mais uma vez, adorei os trabalhos que aqui foram apresentados, que demonstram que Tiago da Silva tem um grande talento e que, felizmente, é reconhecido.
• Colecção BANG!: é natural que aqui tentem fazer a melhor publicidade aos livros que publicam; no entanto, acho que exageram em algumas coisas. Por exemplo, no livro Nação, dizem que é o autor que vende mais que Harry Potter. Acho que deviam reconsiderar este tipo de publicidade, especialmente para os fãs do mundo que J. K. Rowling criou. Não digo que o Harry Potter seja melhor ou pior, mas lembrem-se que haverá pessoas que não irão gostar deste tipo de publicidade. Fiquei também surpreendida com o facto de a séria da Casa da Noite já ir com tantos volumes publicados. E fiquei com vontade de ler, obviamente, Kushiel, que já há algum tempo que me anda a chamar a atenção.
• Os Mundos Imaginários do Fantástico Português por António de Macedo: já esperava a continuação deste artigo desde a BANG! 8 e gostei da maneira como este terminou, especialmente pela pequena referência que o Lydo e Opinado recebeu nas notas do historiador.
• O ano dos fantasmas e dos demónios por Safaa Dib: fiquei com imensa vontade de ver os filmes referidos neste artigo, não posso mentir. Mas acho que o artigo poderia estar um pouco mais extenso.
• A invasão de Anderson Santos: gostei, especialmente, deste conto mesmo pelo facto de eu mesma sempre ter dito que as Hello Kittys iriam invadir o nosso planeta. Neste conto consegui aperceber-me que nem toda a gente adora aquelas figuras de gatas irritante, o que me deu prazer. Dei-lhe um 8 em 10.
• Os Crisântemos Africanos de Jorge Palinhos: adorei a escrita deste autor, especialmente quando ele está a falar de uma coisa e volta ao passado para explicar outra. Parece que está a conversar connosco e, no entanto, não deixa de ser um tipo de escrita belo. Gostei também do tema que retratou. Dei-lhe um 9 em 10.
• O artigo de George R. R. Martin: escusado será dizer que me fartei de rir ao longo deste artigo, especialmente na parte das tartarugas porque eu mesma sou uma amante de tartarugas. Tenho uma e, segundo a linha de raciocínio de Martin, a minha já seria uma Rainha há quinze anos e seria daquelas mesmo muito adoradas pelos seus súbditos.
• Memorial de Elizabeth Bear: foi um conto fora do comum, o que captou a minha atenção. Mas sinto que lhe falta alguns elementos e que podia estar muito melhor explorado. Dei-lhe um 7,5 em 10.
• Vida noutros planetas por Stephen Hunt, com tradução de Safaa Dib: achei o artigo interessante, mas foi daqueles que entra na cabeça e, passado umas horas, já não está lá dentro. Não me marcou por aí além.
• Os negros anos-luz de Terry James por Pedro Piedade Martins: adorei ver as capas, mas senti o texto maçudo e cheio de referências.
• Espelho Negro por R. A. Salvatore: este elfo negro já me tinha captado a atenção, mas não é uma personagem que vá por aí além. Sinto-o um pouco cliché e até parecido a uma personagem minha – o que é engraçado. Se calhar é isso que afasta dele. E continuo a preferir o Legolas, desculpem lá.
• Os livros das minhas vidas por David Soares: esta coluna ficou muito melhor explorada neste número. Para além do texto ser muito mais cativante que o da BANG! 8, não está cheio de referências que só nos dá vontade de passar à frente, o que também ajudou bastante.
• Desenhar o Irrepresentável por João Lameiras: claro que fiquei com vontade de conhecer Lovecraft, não é? Despertou-me bastante a atenção, especialmente as capas que eram espectaculares.
• A arquitectura do futuro e o futuro da arquitectura por Pedro Gadanho: este foi um daqueles artigos que me passou completamente ao lado, se calhar mesmo pelo facto de não ligar muito a FC e a Arquitectura. Logo, abordou dois temas que não fazem parte do meu interesse, o que não quer dizer que o artigo não é bom.
• Távola Redonda por Safaa Dib: acho que esta é uma das colunas mais bem conseguidas de toda a revista. Aborda sempre assuntos interessantes e explora-os da melhor maneira. Desta vez deparámo-nos com tradutores, o que me fez pensar bastante nas minhas opções para a Faculdade.
• A página das críticas: está muito melhor que a da BANG! 8, sem dúvida. Aqui já não encontramos resumos de livros, mas sim críticas a sério, que nos deixam com vontade de pegar nos livros que foram falados e lê-los.
Agora, não se esqueçam de ir a correr para a FNAC mais perto de vocês para poderem obter um exemplar desta revista espectacular! Ah, e também não se esqueçam de concorrer no passatempo para poderem ganhar um livro de R. A. Salvatore, com o seu elfo negro. O passatempo decorre no facebook,
aqui .
Sara