Hoje, num passeio pelo mundo dos blogs literários, encontrei por acaso um artigo do blog The Taste of Orange, assinado pelo João X, que fazia referência aqui ao Lydo e Opinado. O título do artigo era "Como perder credibilidade rapidamente", e podem lê-lo carregando aqui. Depois de lerem o artigo regressem novamente, por favor. João X, segue a minha resposta, demasiado extensa para a ter colocado sob a forma de comentário (o blogger impediu). De qualquer das formas, achei que seria construtivo publicá-la aqui no Lydo.
A credibilidade do Lydo e Opinado é nula. A única coisa a que o blog é fiel é a opinião imediata e não reflectida dos livros que são lidos. Mesmo neste ponto não posso falar por ambos os autores. Eu, Tiago, digo isto. Escrevo as opiniões de acordo com o que sinto no momento em que acabo de o escrever. Atribuo uma classificação de 0 a 10. A credibilidade do meu blog é nula, e continuaria a ser nula mesmo que desse 10 a “Crepúsculo” de Stephanie Meyer e 1 a “Sputnik, Meu Amor” de Haruki Murakami. Nula. Não tenho qualquer doutoramento, mestrado, licenciatura sequer. A minha idade: 18 anos. Está vista a credibilidade que alguém poderia andar à procura – se é essa credibilidade que se procura no Lydo e Opinado, não vão encontrar. Se a credibilidade que se anda à procura são notas elevadas atribuídas a livros clássicos ou de autores credíveis como Murakami, e notas baixas relativas a Stephanie Meyer e às suas sagas de vampiros, não vão encontrar isso nas minhas opiniões no Lydo e Opinado. O Lydo e Opinado é incredível até à ponta dos cabelos – se os blogs os tivessem.
1º Ponto – O blog tem actualmente dois autores: o Tiago e a Sara. Quando faz a comparação de notas atribuídas a “Crepúsculo” e “Sputnik, Meu Amor”, está de facto a circunscrever –se às minhas opiniões. Mas cuidado quando diz que quem leu Jane Austen, Victor Hugo, Tolkien, devia dar más notas a José Rodrigues dos Santos e Dan Brown. Não li nenhum destes dois autores, quanto mais atribuir-lhes más notas. Um deles opinou a Sara, o outro a Patrícia. Não que tivesse qualquer problema em os ler, desde que simplesmente me apetecesse.
2º Ponto - O tempo. As datas em que as críticas foram feitas. É preciso ter-se cuidado para não se colocar os pés pelas mãos. Aquando das minhas duas leituras da Saga da Luz e da Escuridão de Stephanie Meyer, nunca me tinha passado pelas mãos nenhum livro de Haruki Murakami, ou outros autores que refere: Victor Hugo, Jane Austen, J. R. R. Tolkien. Ora quando me é dito que era merecido que “após” termos lido estes autores da elite literária fosse dado o devido crédito (nulo) aos livros dos vampiros, está-se a tropeçar no discurso. A ordem cronológica é muito importante.
Ainda na questão do tempo, muito importante. As datas das críticas são para ser tidas em consideração. A opinião sobre um dado livro, de um leitor novato e de um doutorado em literatura, não será em princípio a mesma. Li “Crepúsculo” em Outubro de 2008, e “Sputnik, Meu Amor” em Abril de 2009. Estes seis meses, na vida de um rapaz de quinze anos, pelo menos na minha vida, foram importantes. Hoje consigo avaliar de forma muito mais palpável a revolução que, concretamente, o livro “Sputnik, Meu Amor” teve na minha vida de leitor. Mas a nota 9 em 10 não parece muito mal dada, pois não? A questão aqui é o 8 a Stephanie Meyer. Eu dei nota 10 a “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro” de George Orwell, o que é um perfeito disparate, porque na verdade esse livro é um 4 em 10, provavelmente. Com os milhares e milhares de livros que ainda tenciono ler ao longo da minha vida, encontrarei sem dúvida obras muito mais notáveis que “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro” – altura em que me envergonharei da nota excessivamente alta que dei a este? Não. Porquê? Porque não é preciso ter-se vergonha nestas questões. O tecto da literatura é medido pelo livro mais “alto” que lemos até um dado momento. Se é pessoal, se é credível, tem de se medir pela opinião pessoal. Eu não posso dar nota 4 a “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro” de George Orwell, embora, muito possivelmente (quem sabe? Quem sabe?), existam muitos livros bem melhores que esse, ainda por publicar, ou já publicados, não interessa muito. Então… qual é o sentido?
Quando me surge a curiosidade de ir reler criticas minhas aos arquivos do Lydo e Opinado, claro que me surpreendo. Claro que é frustrante nalguns casos (não devia ser! Mas à vezes… é). O crescimento de um leitor implica situações destas. A escolha está em ter-se um blog de críticas literárias “incredíveis”, e não se ter blog de todo. Devia ser visto como algo positivo os jovens, mesmo as crianças, começassem cedo um registo das suas leituras, e as opiniões que têm. Apuramento crítico, crescimento crítico. Classificar a existência de críticas de jovens imaturos como algo negativo é, desculpem-me a expressão, algo já por si imaturo. Uma coisa é certa: as minhas opiniões actuais, as minhas notas 10 em 10 a Haruki Murakami, George Orwell, etc., são representativas da minha imaturidade. São as opiniões de um jovem de 18 anos que só lê uns vinte e cinco, trinta livros por ano. Com as minhas mutações, os meus gostos, uma abertura inconstante a todas as formas de literatura – clássicos, bestsellers, lusófonos, traduzidos, poesia, teatro, ensaios, contos. Apenas com uma resistência inultrapassável aos “romances cor-de-rosa”, mas com um bocado de esforço creio que possa ser ultrapassado. Ainda não cheguei à fase em que só leio literatura “respeitável”, e espero nunca chegar a esse ponto, a essa cristalização artificial no que os bons críticos e os bons leitores dizem ser bom. Espero não atingir esse nível de credibilidade. Isto leva-nos directamente ao terceiro ponto, já tenho estado a falar dele.
3º Ponto – Li há dias num outro blog que sigo com muita atenção (Que a Estante nos Caia em Cima!) um artigo com o qual discordei em grande parte. Defendia uma ideia muito restrita sobre o conceito de boa literatura. Não dá. Não funciona. E, agora, vou cometer um atentado contra mim próprio. Eu, provavelmente um dos leitores mais fiéis que Haruki Murakami terá em Portugal, que adoro cada um dos seus livros, incríveis, completamente mágicos; eu, um leitor que tem os vampiros pelos cabelos, e nunca cheguei a ver nenhuma adaptação cinematográfica sobre o tema por estar bastante irritado com o hype que os livros da Meyer estavam a ter; eu, digo e afirmo, colocando em causa toda a minha credibilidade (que já se perdeu mesmo antes de começar o texto, credibilidade zero):
Quem é que nos diz que a literatura de Murakami é melhor que a de Stephanie Meyer? Os críticos? Os leitores? Pois vos garanto que não é melhor. Não é. Não há livros melhores e livros piores de forma absoluta. Há livros melhores para uns leitores, e livros melhores para outros. Cada leitor é um universo, cada leitor deveria ir construindo esse universo à medida que vai descobrindo os livros que vai lendo. O que nem sempre acontece! Temos opiniões pré-formatadas sobre um clássico, sobre um bestseller. Queremos sentir-nos integrados num determinado grupo social, é isso? Queremos ser vistos como leitores credíveis, leitores cultos, dos que não caem em modas? Pois vos digo que a moda desta boa literatura é tão estúpida como a moda dos bestsellers – isto é, não é estúpida de todo. Estupidez: zero. A credibilidade é definida pelos críticos, dizem-me… têm razão. Daí o Lydo e Opinado ser incredível. No fundo, no fundo, concordamos neste ponto.
Deixem-me discordar a cem por cento de Oscar Wilde, que, sem qualquer dúvida, tem sete mil vezes a minha credibilidade. «There is no such thing as a moral or an immoral book. Books are well written or badly written». Oscar Wilde terá toda a razão do mundo, mas eu, como pessoa, não lha atribuo da minha parte. Os livros são escritos por uma pessoa para um determinado grupo de pessoas que gostem – às vezes esses grupos são nulos, ninguém os lê. Por vezes são pequenos, as elites da literatura, os nichos de mercado. Por vezes são grandes, os bestsellers. Ora digam-me lá se os melhores livros não são os que atingem uma faixa maior de pessoas? Teoricamente, até serão! Se conseguem atingir mais gente, mudar a vida de mais pessoas, tornar agradáveis os dias de uma maior quantidade de leitores! São a má literatura? Por muito que goste de Haruki Murakami, por pouco que goste de Stephanie Meyer, não posso concordar.
De qualquer das formas, aqui fica registado: pelo que toca às minhas opiniões, o Lydo e Opinado tem credibilidade zero. As pessoas que vão ler as minhas opiniões no blog, fiquem avisadas: as críticas que escrevo este mês estão actualizadas na sua sinceridade; as e há dois anos e meio atrás, provavelmente reflectem uma opinião que já mudou. Ou não. Se houvesse mais discernimento não haveria tanto lixo à venda nas livrarias, disse o João X. Não chamem lixo, por favor, ao objecto que faz da minha vida um lugar mais agradável de se estar, quer esteja bem ou mal escrito, quer seja credível ou não: UM LIVRO.
Tiago
24 comentários:
Tiago, concordo em absoluto com o teu texto! Parabéns por, com os teus 18 anos, teres muito mais discernimento do que pessoas bem mais velhas que tu. E não digas que "só" lês 25-30 livros por ano. Isso é muito bom, tendo em conta não só a tua idade como o panorama de leitura neste país. Continua a ler o que te apetecer a partilhar connosco. Quem não gosta, tem bom remédio: clicar no x ao canto superior direito ;)
Boas leituras!
Opiniões são opiniões! E ninguém pode dizer a alguém : estás errado no tocante a uma opinião. E ainda mais quando o assunto é um livro que pode ser interpretado de maneira diferente por cada pessoa, e até pela mesma pessoa se lido em fases ou com disposições diferentes.
Este é um blog incredível? Seja. Mas vou continuar a segui-lo.
Beijinho
Olé! Concordo com tudo o que dizes, acho que tens muita razão.
Eu sou estudante de literatura, até estou a tirar o mestrado, e não é por isso que deixo de ler best-sellers ou livros que não se encaixam na categoria de "clássicos". Leio o que me apetece e, recentemente, até li a saga toda do Harry Potter que adorei!!
Também acho descabido haver essa noção de boa literatura e má literatura. É tudo relativo, cada um gosta do que gosta e ninguém tem nada a ver com isso. Não é por gostarmos dos clássicos que somos melhores pessoas, ou que somos mais "credíveis".
Além disso, como blogger que também partilho as minhas opiniões literárias, o meu objectivo não é ser credível. É partilhar as minhas leituras e dizer "gostei deste livro por causa disto; não gostei deste por causa daquilo."
Assim como existem várias verdades no mundo, também existem várias opiniões. Eu adorei Dan Brown e detestei a Emily Brontë: sou menos credível por isso? I don't really care.
Ora, faço minhas as tuas palavras, Tiago. Em absoluto! O meu blog também é totalmente incredível!
Bom fim de semana! :))
Penso que o post do outro blogue não deverá, de todo, ser levado em consideração.
Para mim, pessoalmente, é muito complicado qualificar quantitativamente pois estaria a generalizar um livro que possivelmente é direccionado para um público específico.
Exemplos básicos, uma adolescente pode dar um 8 “Hex Hall” ou “Eternidade” (Alyson Noel e Rachel Hawkins) e o meu pai com 50 anos dá 9 Goerge R. R. Martin e Daniel Silva, no entanto a minha mãe adora Catty Kelly e Elizabeth Adler e dá-lhes um 10, todos eles partilham o mesmo blogue… e agora em que ficamos?
Para mim é impossível escolher um livro por uma opinião qualitativa a não ser que esteja expresso o público-alvo que esta pretende agradar. Não quero com isto desvalorizar qualquer tipo de opinião, pelo contrário.
Mas pronto isto é assunto para debater horas a fio, porque tal como nos livros, cada um tem a sua opinião.
A única resposta ao post da outra criatura são 3 adágios: "Se todos gostassem do Vermelho, o que seria do Amarelo?", "Cada cabeça, sua sentença" e finalmente "Gostos não se discutem.
Quanto ao teu post Tiago, só digo isto: quem escreve assim não tem reumatismo na ponta dos dedos :)
Que se lixe a credibilidade! Eu gosto de te ler!
Beijocas e boas leituras :)
Olá Tiago,
Primeiro deixa-me dizer, que me enfada que tu ou qualquer outra pessoa me dê tanta importância por um simples post.
Se o nome do teu blog aparece no meu é porque achei que deveria referir e basear a minha opinião, se quiseres eu retiro-o, não tenho problema nenhum com isso.
Eu usei o teu blog como exemplo e nota que apenas 1/4 do post refere-se a ti. Há mais 3/4, que são o essencial.
Vais-me desculpar mas se emites opiniões, tens que as defender. Eu atribuo tanta importância às críticas no teu blog, como às dos jornais etc. É uma crítica, logo, vale tanto como as outras, se achas que não, paciência.
O meu ponto essencial no meu post, não é nem o teu blog nem as execráveis críticas literárias dos tais críticos que dizes terem credibilidade. É apenas o facto de as pessoas lerem e acharem tudo igual. E por muito que digas que Oscar Wilde não tem razão, ele tem razão.
Quando perguntas se são os críticos ou os leitores que o definem eu tenho uma resposta muito simples para ti.
É a literatura que se auto diferencia. Não é por acaso que obras sobreviveram séculos e outras não. Nem eu nem tu estaremos cá para ver se a Stephenie Meyer vai ser falada daqui a cem anos, mas eu tenho as minhas previsões. Contudo podes estar certo que o Retrato De Dorian Gray ainda vai estar à venda e vai continuar a encantar.
Finalizo apenas dizendo que se te pões tanto em causa acerca de um post que eu escrevi, é ridiculo. O que eu disse nada teve nem de ofensivo nem de insultuoso. Foi uma opinião baseada no facto de as pessoas cada vez mais lerem as coisas como se fossem todas iguais, que a avaliar pelas notas que deste e pelas coisas que disseste neste post é exactamente o que tu e os outros autores fazem.
Os livros não são todos iguais. São diferentes e como tudo na vida, há melhores e há piores e quem quer que diga o contrário está a insultar as pessoas que realmente se dedicaram à escrita.
Se te dá prazer ler o Crepúsculo óptimo. Mas não vejo coisa mais parva do que ler apenas para ler. Isso é ser incipiente e inconsequente.
Finalmente, eu não sou crítico literário nem o nosso blog é de crítica literária o que só prova que apenas o leste porque lá dizia Lydo e Opinado, daí que obviamente enviesaste completamente a tua opinião.
Eu apenas observo as coisas que me apetece e comento o que me apetece. Se tu e os nobres comentadores aqui do sítio não concordam, pouco me importa. A vossa opinião é tão importante como a minha. Agora nota que por 15 linhas de texto no meu blog vai aqui um grande exagero.
Boa noite e continuação de boas leituras.
Em primeiro lugar, não era necessário toda esta justificação porque o João X nunca escreveu fosse o que fosse a pensar em ti. Foste um exemplo da sociedade em geral, não és importante ao ponto de pensarmos em ti em particular, lamento.
Em segundo, e passando por cima de todas as coisas por onde eu podia puxar para te mostrar não que estás errado ou que eu estou certa, porque sinceramente, não quero saber, vou apenas sublinhar um facto. Para ti, literatura é:
"Os livros são escritos por uma pessoa para um determinado grupo de pessoas que gostem (...)"
Para mim, e para o João X, a literatura vem de uma necessidade intrínseca de escrever, não sobre a pequena história que toca as pessoas, com o final feliz ou a paixão que nunca viveram, os sonhos vampirescos ou a necessidade insossa de mostrar ao mundo que há símbolos que mostram que Jesus Cristo qualquer coisa, que já é treta a mais, mas sobre os nossos actos, a beleza da vida ou os seus mais profundos horrores, o bem e o mal e consequentes dicotomias, as paixões também mas aliadas a muitos mais factores. Ou até uma história sem grande finalidade mas de palavras embriagantes, beleza poética. Todos os podres da sociedade e toda a hipocrisia humana, e por aí em diante.
Um autor, para mim, Efémera, é alguém que efectivamente tem um motivo muito forte para escrever, que definitivamente não passa por agradar os outros, por ter um grupo de pessoas à espera das suas sensatas palavras ou para vender (quer acredites, quer não, é um dos motivos principais dos dias de hoje em dia). Escreve porque precisa. Porque acha que vai trazer algo de bom, ou mudar uma situação social, ou tantas outras coisas. E não pelos mesmos motivos que tu achas. E pela escrita em si e a arte ligada ao acto. Não para produzir algo em série.
Agora perguntas, há algo de mal em gostares daquilo que para nós é, e sejamos honestos, embustes da literatura, livros-caixas de cereais? NÃO! Não há nada de mal, sê feliz em ler, e ainda bem que lês porque o mundo precisa de gostos muito variados, e estou a ser totalmente sincera. A única coisa que criticamos é a incoerência e inconsistência da forma de como hoje em dia se avaliam os livros, sendo grandes autores desprezados, subestimados e passados por autores (?) puramente medíocres. E esta é a nossa opinião, que não tem de estar correcta, mas que é nossa. Como tu tens a tua, e não estás errado nem nós dizemos que estás.
Foste um exemplo e levaste pessoalmente. Não devias, pois nem leste bem (não extraíste o verdadeiro conteúdo da mensagem - o que afinal é normal, daí os teus gostos literários - mais uma vez, não faz mal visto ser normal e a maioria das pessoas ser assim, logo não esperamos compreensão da tua parte), nem és assim tão importante, tal como nós não deveríamos ter sido para teres escrito isso tudo.
Uma pequena nota: o nosso blog não é um blog literário, não somos muito mais velhos que tu, passámos por maus autores também na idade para isso, não fazemos parte de uma elite literária (visto serem na sua maioria hipócritas - já não as há como antigamente!), e acima de tudo, somos apenas pessoas com opiniões incompreendidas e contestadas todos os dias. O que não aconteceu com a tua, quer queiras, quer não. E vim só aqui esclarecer porque surpreende-me que numa mensagem tão clara - que a maioria das pessoas que para aqui manda filetes nem leu, mas é para o lado que durmo melhor - que se insista em tão mal-interpretar um texto, de uma forma tão forçada. Enfim.
Não é motivo para precupação. Apercebi-me que o blog perde de facto a sua credibilidade ao dar notas tão elevadas a livros que não prestam, mas não estou desiludido. Opinei apenas sobre a parte do post que senti ser a essencial para mim - está claro, não é? Era o meu blog. As restantes partes do post, lia-as, mas não foram o foco desta minha resposta, porque simplesmente a primeira foi a que me chamou mais a atenção - claro!
Não ando por aí a pesquisar se os blogs escrevem «Lydo e Opinado». Foi um acaso. O passeio pelos blogs literários a que me referia era uma pesquisa no Google por blogs que, nas últimas 24 horas, tivessem escrito a expressão «Haruki Murakami».
Por último, e para finalizar a questão, eu não me achei nada especial ou importante. Garanto-vos que estou bem com os meus dias, níveis de frustração em valores baixos, e uma alegria constante. Não fiquei triste com o artigo do vosso blog, aproveitei, aliás, o conceito da "perda de credibilidade", que, se me permitem, vou passar a usar com frequência relativamente ao blog. A minha auto-estima está segura, em valores medianos e sãos. Mas o blog é incredível, como já devia ter percebido...
Peço desculpa por alguma tomada de posição mais radical: Efémera, concordo contigo na noção de literatura ;) (como perder a credibilidade... contradizer-me perante uma resposta...)
Boas leituras para todos!
Tiago, sendo eu a outra "crítica incredível" deste blog, sinto-me na obrigação de comentar o que acabaste de meter aqui. E digo-te isto: subscrevo-te completamente. Só tenho que dar ainda mais importância ao factor tempo: nós, adolescentes, numa fase da nossa vida lemos um livro que, se calhar, foi fantástico. Mais tarde, com o crescimento e o amadurecimento das ideias, talvez já não seja tão fantástico. Isto por causa da questão Stephanie Meyer/Haruki Murakami/Tolkien. É que os livros estão sempre a mudar - e não estou a dizer que as palavras lá dentro se escrevem sozinhas. Não. Estou a dizer que nós mudamos e, consoante isso, os livros também mudam para nós. Tudo muda: a nossa idade, a época, os problemas do dia-a-dia, etc. E depois, de acordo com a fase da nossa vida em que nos encontramos, damos uma certa opinião acerca do livro X.
«De qualquer das formas, aqui fica registado: pelo que toca às minhas opiniões, o Lydo e Opinado tem credibilidade zero. As pessoas que vão ler as minhas opiniões no blog, fiquem avisadas: as críticas que escrevo este mês estão actualizadas na sua sinceridade; as e há dois anos e meio atrás, provavelmente reflectem uma opinião que já mudou. Ou não. Se houvesse mais discernimento não haveria tanto lixo à venda nas livrarias, disse o João X. Não chamem lixo, por favor, ao objecto que faz da minha vida um lugar mais agradável de se estar, quer esteja bem ou mal escrito, quer seja credível ou não: UM LIVRO.» Termino assim o meu comentário.
*Aplausos*
Muito bem dito, concordo em absoluto ;)
O meu comentário está em adenda ao último post do meu blog. Não cabe aqui.
Dá me muito riso tudo isto. Se vocês quiserem continuar a malinterpretar o que eu escrevi no meu blog, continuem, estou-me nas tintas. O que eu quis dizer, já disse e muito sinceramente não me sinto merecedor de assim tanta atenção e isso também não é lisonjeiro para mim.
Portanto continuem a boa tertúlia com o "yay, não à credibilidade" tal qual crianças da primária que se limitam a repetir aquilo que ouvem e parece engraçado.
Melhores leituras para todos vós!
A mim é que não está a dar riso nenhum. Já me começo a fartar destes comentários constantes vossos. João X, Efémera, se dizem que não têm mais nada a dizer, então não é preciso dizerem mais. Fui à procura da adenda ao último post, respeitando o direito de contra-resposta, lia-a, mas depois desapareceu. Se me dão permissão, terminamos por agora, já percebi tudo o que querem dizer, não vos dou razão em muitos pontos, e ficamos arrumados. Pronto! Se é o fim disto, é o fim disto, não batam mais na mesma tecla.
Já deu para ver que entendeste, pelo aumento do tom das tuas palavras.
Por mim este assunto nem sequer começava, só para relembrar.
Boas leituras
P.S A adenda está lá.
Olá, li com algum entusiasmo estas trocas todas de opiniões. É bom ver as pessoas empolgadas num debate sobre literatura. Isso, na minha opinião, já é uma vantagem desta polémica se ter instalado. Bom, e como raramente há esta oportunidade, também eu vou atirar uma acha para a fogueira.
Eu li os livros todos do Twilight. E sanem porquê? Porque adoro histórias de vampiros e diverti-me imenso. Mas foi como comer qualquer coisa cheia de molho de natas, sabe bem mas não vale nada em termos nutricionais, não é bom como alimento. É claro que o Twilight é uma treta em termos literários. E eu adorei ler aquilo mas isso não faz com que deixe de ser uma merda.
É só isto: admitir que às vezes gostamos de coisas que não prestam, que não são boas. Depois, é preciso é ter noção. Se aquilo é uma treta eu posso classificar com uma nota baixa, o que não quer dizer que não tenha gostado. Percebem? Os livros valem por si, não pelas opiniões que se vão tendo deles. As opiniões passam e morrem, como as pessoas, os livros, os grandes livros, não. Por isso, Twilight morrerá, é fácil de ver. Mas os clássicos continuam a viver. Porque são clássicos? Não! Eles são clássicos porque são bons, esse é que é o ponto.
Este Nuno Chaves é cá um pândego. Meu Deus. E mal educado.
Até me admira os administradores do blog não terem cuidado com este tipo de má educação presente no seu blog.
Principalmente quando este Nuno Chaves nem disse nada em concreto. É só ser mal educado por ser mal educado.
Nuno Chaves, eliminei o teu comentário porque não me identifiquei com o tipo de linguagem algo ofensiva que usaste. Se quiseres que te devolva o conteúdo diz que o envio para o email do teu blog; mas o Lydo e Opinado não deve ser plataforma para este tipo de frases ofensivas.
Peço desculpa por esta minha decisão, mas foi a que achei mais correcta.
Olá
Concordo a 100% com o que foi escrito. O que para mim poderá ser horrível para outros e tb já me aconteceu ir reler um livro que tinha achado um espectáculo e já não ter a mesma opinião. Ainda bem que conseguimos evoluir ao longo das nossas vidas.....
Pertita
AMEN!
E parabéns pela maturidade que mostraste em relação a tudo!
*aplausos*
Olá Tiago, fizeste muito bem em apagar o comentário, já calculava que o fizesses,por isso te pedi no início do mesmo que o poderias eliminar se assim o entendesses.
de qualquer das formas não terei necessidade alguma de me enviares o meu próprio comentário, o blogue em questão deu-lhe a importância que afinal teve e escarrapachou-o no seu blogue. sei o que disse e não tenho problemas nenhuns com isso,, mas sem querer dar continuidade a esta estupidez, perguntaria ao senhor Mário que também aqui comentou se também ele contribuiu com algo de útil para este assunto. Já agora aproveito para aconselhar o Sr. Mário a rever o conceito da palavra Pândego, que tem 2 variantes e em nenhuma delas me encontro.
Tiago também estás á vontade para eliminar este comentário se achares que não se adequa ao teu espaço.
Lamento que alguém se tenha sentido ofendido com as minhas palavras mas para mim é falso moralismo.
Não vim aqui defender o Lydo e Opinado!(como sub-entendeu uma tal laranja)nem antes nem agora. Mas custa-me ver ser deitado a baixo o trabalho e a dedicação de alguém para manter um espaço que pessoalmente aprecio bastante. leiam o que quizerem nas entrelinhas.
Boa noite e até sempre.
Nuno Chaves, não gostei do seu comentário porque a sua linguagem não é apropriada quando de um blog de adolescentes, frequentado por adolescentes, se está a falar. E não quero com isto diminuir os autores do blog. É de salutar que os jovens leiam, como os deste blog.
Quanto ao assunto em questão não tenho nada a dizer e nada teria dito senão fosse o seu comentário mal educado.
O resto entenda como quiser.
A discussão já me cansa, já lá vão uma série de dias e isto continua, e já me começa a cansar. O Lydo e Opinado não é espaço para isto. Vou desactivar os comentários, mas unicamente nesta publicação. Obrigado a todos pela participação; mas chegou a altura de acabar isto relativamente a este assunto.
Peço desculpa a todos.
Boas leituras!
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