sábado, 24 de setembro de 2011

Alice no País das Maravilhas - Crítica

Nome: Alice no País das Maravilhas
Autor: Lewis Carroll
Editora: Visão
Tradução: Vera Azancot
Páginas: 93
Sinopse: "Lewis Carroll, pseudónimo do professor de Matemática Charles L. Dodgson, revelou-se como autor de histórias para crianças em que a imaginação, o humor e o nonsense imperam e nos transportam para um mundo onde tudo pode acontecer. Em Alice no País das Maravilhas, narrativa aberta a múltiplas interpretações, podemos acompanhar as aventuras extraordinárias da menina que fala com reis do xadrez, coelhos brancos, reis e rainhas de cartas, tartarugas, porcos, gatos, chapeleiros loucos... Ficando a certeza de que esta ficção insólita, além de proporcionar uma leitura divertida, suscita profundas interrogações."

A partir do momento em que me tornei fã do filme Alice no País das Maravilhas da Disney - apesar de, quando era pequenina, sempre ter sido um filme que me assustava -, quis ler este livro. Depois apareceu também o filme do Tim Burton que, ainda mais obscuro que o da Disney, também me cativou bastante. E digo mais obscuro que o da Disney porque, apesar de ser um filme cheio de cores, o da Disney tinha o gato, os gémeos, a história das ostras, a lagarta e a Rainha de Copas que me faziam tremer no sofá quando era pequena. Mas sempre foi uma aventura ver aquele filme, não haja dúvida.

É por isso que, ao abrir o livro e deparar-me com uma coisa completamente diferente do que estava à espera, fiquei decepcionada. Ao longo de toda a obra, não consegui imaginar o mundo cheio de cores que o filme nos traz à cabeça. A partir da escrita e das descrições de Lewis Carroll, imaginei sempre Alice presa num pesadelo a preto e branco. Para além disso, não consegui tirar um único significado de cada capítulo que ia passando. Sim, é um escritor de nonsense, mas aqui ele exagera demasiado nas coisas sem sentido nenhum. São noventa e três páginas sem qualquer sentido, sem qualquer linha condutora da história. Cheguei ao fim sem conseguir perceber se poderia existir qualquer tipo de moral a tirar do livro. Cheguei ao fim aliviada por o ter terminado. E não consegui perceber lá muito bem se esta obra se encaixa nas suas histórias para crianças, pois sinto que algumas partes são demasiado violentas para crianças, se é que me percebem. Penso que, nesse campo, a Disney fez um excelente trabalho ao escolher o que deveria colocar no filme ao não, já para não falar que também tirou partes de Alice do Outro Lado do Espelho, livro que ainda não li mas que temo ler, sinceramente.

Falando na edição deste livro - tinha mesmo de falar -, penso que também é algo estranho. Felizmente, existem imensas notas a explicar os trocadilhos que o autor faz. Mas sinto que algumas coisas não encaixam. Por exemplo, Alice encontra um Grifo. E o que é que acontece? Aparece um parênteses a dizer: "Se não sabes o que é um Grifo, olha para a gravura abaixo". E aparece uma gravura de um Grifo. Penso que nesta situação aquela expressão de «What the hell» se encaixa perfeitamente.

Foi assim, então, que abandonei não o sonho, mas sim o pesadelo de Alice. Pois, para mim, aquele país não continha maravilhas, mas sim armadilhas. E depois desta experiência, penso que vou continuar a adorar o filme da Disney e o filme de Tim Burton.

Personagens favoritas: Nenhuma.

Nota: 4/10 - Razoável

Sara

1 comentário:

Tiago Mendes disse...

Sabes qual é a parte que dá cabo de mim? Quando ela entra numa casa onde uma mulher bate num bebé com uma panela para ele parar de chorar. Horrível.

E boa sorte com A Irmandade do Anel! Novamente :)

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