Confesso que nunca li nada de Isabel Allende mas sem qualquer tipo de explicação, despertou-me um certo interesse quando a minha professora de Português, referiu este livro.
Para além de ser um livro pessoal, autobiográfico, a história verídica tem um significado muito especial. Relata o amor de uma mãe por uma filha com uma doença grave. Mas a problemática da questão não é o amor que Isabel tem por Paula, mas sim o que não fez e o que não disse enquanto a sua filha estava viva.
Para quem gosta de livros autobiográficos, este é um dos melhores que posso recomendar. Permite não só "entrar" dentro da história, como analisar sentimentos e emoções que todos temos. Afinal toda a gente pelo menos uma vez na vida, sente que ficam palavras por dizer a alguém.
Aqui coloco algumas das frases existentes neste livro:
"Silêncio antes de nascer, silêncio depois da morte, a vida é um mero ruído entre dois insondáveis silêncios."
"Os filhos, como os livros, são viagens ao interior de nós próprios, nas quais o corpo, a mente e a alma mudam de direcção, regressam ao próprio centro de existência."
"A mente selecciona, exagera, atraiçoa, os acontecimentos esfumam-se, as pessoas esquecem-se e, no fim, resta apenas o trajecto da alma, esses escassos momentos de revelação do espírito. Não interessa o que me aconteceu, mas sim as cicatrizes que me marcam e distinguem."
Patrícia
2 comentários:
Parece-me um relato bastante sentido e, arrisco-me a dizer, pesado. Mas se o vir numa livraria darei uma vista de olhos. Também nunca li nada de Isabel Allende, mas fala-se por aí que é uma grande escritora. :)
Beijinhos!
Tiago
Obrigado pela sugestão - o tema é fortíssimo, actualíssimo e pode-se com certeza adaptar a cada um de nós...
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